Aviso: Voltamos Envie seu Conto estamos aguardando, recupere sua senha caso ja foi cadastrado antes !
J� est� liberada a �rea de Cadastro de contos. Cadastre-se e evie-nos o seu conto

RODAMUNDO... E O CAMINHONEIRO

Quatro dias na estrada. Poucas horas de sonhos. O que eu mais ansiava era jogar meu corpo debaixo da �gua quente, jogar meu casco sobre o colch�o velho de guerra, jogar as loiras geladas das dezenas de latas frias rodopiando pela goela, jogar uma nega gostosa pra cima e pra baixo, segurar nos peito dela, e ver aquele monumento de mulher rebolando e envolvendo meu caralho por completo. Eu e ele, claro, delirarmos em constante desejo e lux�ria. Quanto a ela, pouco me importa.rnO prazer dela � pegar o dinheiro e dar no p� ap�s meus oito minutos.rnEsgotados, abandonamos a loucura do asfalto principal. Encostei meu Jacar� em uma estrada secund�ria. Do meu lado esquerdo, beirando a incans�vel Anhanguera, havia uma passarela que divide duas cidades. Do meu lado direito, numa rua esburacada, repousava um posto Esso às escuras.rnQueria apenas desligar todos os motores, deitar e apagar. Mas a porra do caralho tinha que ficar em estado de alerta. H� quatro dias que eu n�o fodia um buraco qualquer. N�o consigo ficar tanto tempo assim sem sexo.rnMeu nome � Jo�o Gaiola. Tenho quarenta e nove anos bem esfolados pela vida. Sou casado h� vinte anos com a mesma mulher. Estou na estrada o mesmo tanto de tempo. Na minha casa cultivo dois filhos oficiais: Jess�, 19 e Raquel, acho que 12.rnJ� nas paradas do of�cio... bem, confesso... devo ter um filho em cada esquina esquecido nesse imenso Brasil.rnO ?gaiola? claro que n�o � meu sobrenome, mas � como se fosse. Sim, sempre que penso nisso eu come�o a rir feito um idiota que passou do ponto. Meu apelido de longa data veio dos colegas de estrada. Todos os meus amigos caminhoneiros conhecem minha fama de metedor.rnEm cada lugar que estaciono meu 111, caio sempre em tenta��o e fa�o da cabine do meu Scania uma verdadeira gaiola que aprisiona, por poucos minutos que seja, uma buceta mal paga que se vira para garantir a alegria do meu pinto sempre afoito.rnEm raras, rar�ssimas ocasi�es, eu at� aceito comer um cu de homem ?mocinha?. At� que gosto daquelas bichinhas bem femininas. Elas n�o me d�o trabalho. Pago uma nota de dois. Arreganho o volume pra fora. Elas chupam todo o espet�culo com gosto. E babam de tes�o. Elas ficam de quatro. Boto o gorro. Dou uma cusparada no possante e... ferro na ? literalmente ? boneca.rnFode, fode, fode. Empurro bosta e gozo a contragosto.rnJ� as Traves, bom, eu passo longe delas. Aquela fama que corre por a� � verdadeira. Sei de muito macho amigo meu que adora ser enrabado por uma Traves pintudona.rnNo meu cu n�o, senhor Juvenal de dia, senhorita Marissol à noite!rnDeu pra perceber que nasci para acelerar e cortar os desvios desse Brasil. Nasci tamb�m para meter at� o �ltimo gozo. N�o consigo me controlar. Em nenhum sentido.rnEm casa, a patroa finge que n�o sabe de nada. N�o a culpo. Ela prefere a dor do sil�ncio, em troca da garantia de uma vida tranquila e farta.rnEu, cafajeste como sou, sigo meu instinto e continuo a furar bu�anhas quebradas e malcheirosas nas madrugadas vazias, estacionado em cemit�rios de zumbis sobre rodas, contando na cachola o valor dos fretes enquanto despejo suor e porra corpo exausto afora.rnN�o pense voc� que n�o dou um belo trato na minha patroa. Mesmo tendo que disputar espa�o contra ros�rios, aves-marias-pais-nossos e tudo quanto � tipo de santo em porcelana, uma ou (raramente) duas por m�s eu garanto na velha.rnEla finge que gosta. Eu finjo que cumpri minha obriga��o de marido. E assim a vida corre solta, onde permanecemos isolados na nossa santa ignor�ncia.rnA patroa se apega a rezaria. E eu, claro, à putaria.rnSou um homem r�stico, mas que ainda tem l� os seus atrativos. N�o sou muito alto, mas tenho um corpo at� que proporcional em rela��o ao meu peso. Bem diferente dos caminhoneiros que voc� idealiza, n�o tenho uma barriga que despenca para fora de uma surrada Hering, nem deixo minha barba muito desleixada. Eu fumo, mas n�o vivo fedendo cigarro paraguaio. E devo confessar que cultivo aquele caracter�stico bafo de cerveja de ontem!rnMeus olhos s�o verdes ga�chos. Minha pela � branca ga�cha. Daquele tipo que voc� tem que por �culos escuros se quiser me ver sem camisa, sen�o voc� corre o risco real de ficar cego instantaneamente.rnTenho bra�os e m�os muito fortes. Ossos do of�cio. Meus bra�os s�o cobertos por espessos pelos acobreados. O mesmo vale para a cobertura das minhas pernas transparentes.rnTirando bra�os e pernas, no peito, costas e demais depend�ncias n�o h� nada de pelos a disfar�ar minha brancura. Sou liso pra caralho. E por falar em ?caralho?, l� embaixo at� que cultivo uma vasta mata felpuda que envolve um membro de tamanho razo�vel, mas de grossura bem acima do padr�o.rnMeu pau � como eu. R�stico, forte, ladino, arisco... pau pra toda obra!rnrnNo auge da madrugada, onde segundos de sil�ncio s�o cortados sem piedade pelo vai e vem de infinitos caminh�es galopando numa Anhanguera que nunca dorme, arrastei lentamente a cortina, escondendo parcialmente as luzes amarelas do mundo ca�tico l� de fora.rnImundo, suado, cansado, faminto, eu delirava por um banho. E meu corpo gritava de vontade nem que fosse para lamber apenas uma cerveja. Uma pitada de �lcool que me traria um sono agitado, mas sono garantido por algumas preciosas horas totalmente desplugado.rnTirei a camiseta, vesti outra. Odeio fazer isso sem me banhar de antem�o. Mas n�o havia nada aberto e nem onde recorrer naquela hora. Um lugar estranho para um caminhoneiro forasteiro. Era melhor mesmo cerrar as p�lpebras e tentar relaxar um pouco.rnNem bem estiquei o corpanzil, pensei ouvir algo que lembrava o ronronar de uma moto. Cambaleante de sono, joguei com extrema lentid�o o meu corpo do outro lado da cabine. Dei uma espiada pela janela e me deparei com a vis�o de um homem debaixo de um poste, onde uma luz mais apagada do que acesa, banhava a surrealidade de uma massa de m�sculos encostada numa Yamaha capenga, que fatalmente seria rejeitada at� mesmo por um ferro velho.rnEle falava ao celular. E parecia n�o muito feliz com o teor da conversa.rnImaginei que o sujeito poderia ser o seguran�a do bairro. Ou do tal posto.rnAgu�ando a aten��o, acreditei que um posto daquele certamente teria um banheiro. E nesse banheiro certamente haveria um chuveiro.rnTentei animar o que restava de mim-eu-mesmo e resolvi sondar o cara l� fora. Quem sabe eu teria sorte em pelo menos me deliciar debaixo de uma ducharada trincando de quente?rnEle n�o se espantou ao me ver caminhando em sua dire��o. J� deveria estar mais do que acostumado com os cavaleiros errantes cheirando à combust�vel que cruzam as madrugadas por ali.rnDepois de um ?ol�? desferido com um cansado sinal de cabe�a, fui recebido por um ?oi? tamb�m nada caloroso.rn?T� vindo de onde??, ele perguntou, sem ser simp�tico, apenas para puxar um papo b�sico, enquanto fechava o celular em concha. Sabe-se l� se n�o havia desligado na cara da pessoa em quest�o.rn?De longe... bem longe?, retruquei, sem muito pique para repassar meus itiner�rios.rn?Voc� est� o p� da rabiola?, ele disse, rindo um sorriso velado.rn?� verdade. Estou dirigindo h� quase quatro dias inteiros. Sabe como �. Tenho hor�rios r�gidos. Se n�o entrego a merda no prazo, levo bucha no frete e...?rn?Eu sei como �. Eu compreendo voc�?, disse Seguran�a, me cortando legal, certamente cansado de ouvir a mesma can��o melodram�tica entoada como um mantra por todos os caminhoneiros desse pa�s.rn?Mas acho que posso aplacar seu cansa�o... em partes, talvez?, disse o moreno, finalmente revelando um sorriso um tanto sarc�stico demais pro meu gosto.rnO moreno musculoso enfiou a m�o esquerda no bolso da grossa jaqueta de l�. Tirou um molho de chaves que tilintavam mais do que os sinos do mosteiro beneditino que fica bem atr�s da minha casa, l� no Sul.rnO cara escolheu duas chaves, indicando-me o que abriam e em que sequ�ncia.rn?Depois de destravar o port�o de ferro, entre na segunda porta à sua direita. Tome um banho. Relaxe um pouco. � pena que n�o h� nada aberto para voc� fazer uma boa refei��o. E para o seu azar ficar completo nesse sentido, eu j� jantei h� tr�s horas?, ele disse, estampando aquele sorriso estranho que me incomodava um pouco.rnO celular do sujeito tocou novamente. Ele me pediu licen�a, virou levemente de costas e falou baixo com a alma penada do outro lado da linha. Havia tens�o na sua voz.rnO tal seguran�a era um homem r�stico de tez morena bem clara, na casa dos quarenta, um pouco mais alto do que eu, dono de um peitoral e um ?costal? de fazer inveja a muito marombado de academia.rnTamb�m reparei nas chamativas pernas grossas encobertas por um jeans um tanto justo demais pro meu gosto, e n�o pude deixar de conferir ? � claro ? uma bela bunda a tiracolo. N�o que eu goste de bunda de homens machos, mas confesso que n�o d� pra resistir uma olhadela discreta.rnFalando nisso, minha bunda at� que � bem jeitosa. As amigas da minha patroa costumam elogiar meus gl�teos, quando me apresento de bermudas surradas nos churrascos de quase todos os fins de semana que ganho o luxo de ficar em casa.rnMas � melhor parar com esse devaneio fora de prumo. Vou j� tomar meu merecido banho!rnVoltei para o Jacar�. Peguei minhas coisas de higiene e segui apressado rumo ao para�so das �guas quentes. Seguran�a permaneceu injuriado ao telefone, ignorando minha segunda passagem.rnQue maravilha. Reservei-me o direito de ficar trocentas horas debaixo de uma ducha divina.rnSa� bem mais leve. E o sono fora dar uma longa volta pelo bairro estranho sem hora certa para retornar.rnQuando estava embaixo daquele calor�o molhado, at� pensei em socar uma punha. Mas desisti de imediato. N�o gosto de bater punheta. Meu neg�cio � meter mesmo. � enfiar meu caralho num buraco �mido e gozar bem gostoso e bem r�pido l� dentro. � s� desse jeito que eu sinto prazer. N�o adianta eu insistir de outra maneira.rnNa volta, fui de encontro ao guarda para entregar-lhe as chaves. Ele brincava com uma lata de cerveja numa das m�os.rn?Porra, cara, voc� � vidente??, gritei, simulando intimidade.rn?N�o sou vidente. Sou experiente?, ele disse, ainda estampando aquela cara de safado sem dono.rn?Foda-se o que voc� �. E nem sei como conseguiu a bendita. Eu aceito essa gostosa, se voc� me presentear...?, eu praticamente implorava pela porra da cerveja. Maldito segundo v�cio!rn?Sim, � claro que vou lhe dar o que voc� quer?, disse o moreno, agora sem a jaqueta, esticando um bra�o forte e peludo, quase me enfiando a lata na fu�a. ?A prop�sito, qual � a sua gra�a??rn?Jo�o Gaiola, meu caro?, eu disse, em tom galante, falso. ?E � �bvio que voc� vai me perguntar sobre o ´gaiola´, n�o � mesmo??, continuei, desafiando o meu oponente com minhas tradicionais gracinhas sem gra�a.rn?Humm, deixe-me pensar...?, retrucou o moreno parrudo, co�ando o negro cavanhaque muito bem aparado, enquanto olhava fixamente para o meu 111. ?J� tenho a resposta. Mas para ter plena certeza, acho que s� preciso conferir um certo... departamento?, ele disse, apontando a cabine escura.rnQuase entornei a espumosa que bailava na minha boca. Soltei um riso gostoso, nada discreto. Sem no��o do porque tomei a atitude a seguir, toquei de leve o bra�o daquele macho misterioso, praticamente convidando-o a conhecer minha famosa ?gaiola? das loucas... aventuras.rnE antes que voc� pense coisas, tenho certeza de que, apesar de estar com o est�mago sem um tra�o de s�lido, n�o era uma latinha de Skol que ia me por para escanteio.rn?E voc�, moreno, como se chama??, abri a porta enquanto pesquisava o curr�culo b�sico do sujeito. Joguei minha sacolinha de toalhas molhadas e restos de Phebos num canto qualquer.rn?Rodamundo?, ele disse, passando dois dedos sobre o peito, onde na camiseta havia a palavra ?rodamundo? estampada em branco sobre o tecido negro.rn?Voc� n�o t� falando s�rio, n�o � mesmo??, perguntei quase em gargalhadas, incr�dulo diante de nome t�o esdr�xulo.rnO tal do Rodamundo n�o respondeu. Ignorou minha d�vida e ficou em sil�ncio apreciando meu caminh�o de todos os �ngulos.rn?Belo exemplar de Jacar�, senhor Gaiola?, ele disse, e parecia se divertir com a confirma��o de uma �bvia resposta.rn?Eu amo meu Scania, senhor Rodamundo. Estou com essa gracinha aqui faz vinte anos. E o danado nunca me deixou na m�o, quer saber...?rn?Tenho certeza que n�o. Afinal, � um Scania. E n�s dois sabemos o que � ter um Scania?, disse Rodamundo Sorriso Sarc�stico.rnE eu posso jurar que vi fagulhas de uma felicidade velada em seus olhos, misturadas com um v�u denso de uma tristeza sem fim.rn?Mas confesso que minhas melhores trepadas se deram no interior de Volvos?, ele continuou, mais uma vez me dirigindo um sorriso safado acompanhado de um olhar atrevido e nada discreto.rn?Ah, puxa, muito interessante?, retruquei, mas em pensamento conclu� o seguinte: O que me importa saber em qual cabine o filho da puta trepou com um cara?rnMeus deus... ?trepou com um cara?, de onde tirei isso!rnSim, porra, s� um idiota n�o se tocaria de que estava sendo cantado. A puta que o pariu! Aquele morf�tico teve a ousadia de me cantar na cara dura? O desgra�ado at� podia ser mais novo e forte do que eu. Talvez at� estivesse armado. Mas eu n�o ia deixar um macho daquele avan�ar o sinal sobre mim.rnNem a pau, Juvenal!rn?Relaxa, sulista. Eu n�o vou fazer nada que voc� n�o queira?, disse Rodamundo, tocando de leve no meu ombro esquerdo.rn?E o que voc� acha que eu quero, seu porra!?, respondi com viol�ncia no tom de voz, tentando impor respeito.rnMeu corpo, no autom�tico, se retesou e tentei fugir de qualquer outra investida do cretino. Engoli a seco o �ltimo gole �cido da cerveja fria.rn?Bom, meu chapa, acho que est� na hora do adeus?, eu sussurrei, amassando e jogando a lata o mais longe poss�vel, que rugiu sob o asfalto �mido.rnBusquei apoio na porta do 111 para enfim me refugiar nos meus dom�nios. ?Agrade�o pelo banho e pela Skol. Que voc� tenha uma boa madrugada e bom servi...?rnRodamundo segurou meu bra�o direito com uma for�a que me assustou. E sua outra m�o, que n�o tinha nada de boba, acariciou meu pau com uma delicadeza quase feminina.rnAt�nito, fiquei completamente sem a��o. E o desgra�ado do Felip�o (apelido do dito-cujo l� debaixo, homenagem ao eterno t�cnico do meu time do cora��o) resolveu se manifestar em hora errada.rnEu n�o sabia se matava o lazarento de porrada, se ria por causa do meu pau pulante que estava adorando o calor da m�o desconhecida ou se chorava de raiva pela minha completa submiss�o sem sentido.rn?Entra?, ordenou Rodamundo. Em mil�simos de segundos entreguei parcialmente o controle ao safado. Afinal de contas, pensei, o m�ximo que ele ia conseguir comigo era chupar meu caralho. Sendo assim, cabia a mim-eu-mesmo terminar logo com esse estorvo, gozando na boca do filho da puta e finalmente ganhar minha liberdade de uma vez por todas.rnDeixei que ele conduzisse a situa��o, porque eu jurava que aquele bosta poderia estar armado e eu n�o estava muito disposto a pagar pra ver.rnSubi com dificuldade na cabine, pois minhas pernas n�o respondiam aos comandos do meu c�rebro esgotado e confuso. Deitei de barriga para cima no velho sof�-colch�o-cama pu�do. Fechei os olhos. N�o consegui. Abri os olhos no mesmo instante. Eu n�o ia deixar de jeito nenhum de acompanhar todos os movimentos daquele cabra com peste.rnA porta foi fechada. Rodamundo ajeitou o corpa�o aos meus p�s. Quando dei por mim, o cretino voltou a bimbolar o Felip�o, que ria e se esbaldava de felicidade por ter a chance de mostrar servi�o novamente.rnExperiente, Rodamundo pressionou no painel o bot�o certo para acender uma luz quase sem vida. Fiquei espantado ao reparar mais atentamente em seu corpo que, na verdade, era quase o dobro do meu. Num sil�ncio dobrado, tentando me fazer de relaxado, respirei fundo e cruzei os bra�os por tr�s da cabe�a, deixando o resto do corpo livre para que o maldito pudesse toc�-lo a vontade.rnDo peito pra baixo, pensei... toque s� do peito pra baixo, seu porra!rnRodamundo, ainda ajoelhado, tirou a camisa, jogando-a no meu banco. Quase vomitei ao ver um verdadeiro King Kong paulista se materializando bem na minha frente. O moreno macaco era peludo pra caralho! Praticamente n�o dava para ver a pele por baixo daquele tapete de pelo escuro que cobria peito, barriga, ombros, bra�os, costas... tudo, tudo, tudo!rnAcho que diminui uns trinta cent�metros, de tanto que me encolhi, com nojo de ser tocado pelo arm�rio de pel�cia. Fechei os olhos e comecei a implorar pro meu santo capeta que fizesse aquele drama terminar o mais r�pido poss�vel.rnRodamundo baixou minha bermuda com uma suavidade que n�o combinava ? na minha cabe�a ? com o porte daquele macho das cavernas.rnFelip�o, todo faceiro, foi devidamente agasalhado por uma boca peluda muito experiente e gulosa. Pelo menos o filho da puta chupava muito bem; melhor do que muita boca mulher que j� passou pela minha pica, confesso.rnAgora de olhos bem fechados, fui relaxando aos poucos, sonhado com umas bucetas que deixaram saudades, imaginando uma boazuda fazendo o servi�o no lugar daquele pecador safado.rnImagine se minha patroa descobrisse que eu dividia a boleia com um peludo? Que ainda por cima estava abocanhando (que del�cia!) o Felip�o?rnNem quero idealizar a rea��o suicida que viria da nada ing�nua beata.rnSuicida... ou assassina!rnEnvolvendo ora meu caralho, ora meu saco com uma l�ngua que deixaria qualquer um doido, entreguei de vez minha sorte e passei a me concentrar na esporrada que eu daria na boca do infeliz.rn?Quer minha porra??, pensei, suando e aflito. ?Ent�o voc� vai ter, seu viado peludo safado!?rnQuase gritei de felicidade ao perceber que meu Felip�o encharcou a garganta do pelud�o do mais puro e denso leite mo�a. Achei que Rodamundo ia segurar meu gozo na boca e depois cuspir tudo pela janela, como elas fazem.rnSurpreso, fiquei pasmo ao sentir que ele n�o havia desperdi�ado meia gota sequer. O viado gostava de beber porra! Santo cristo!rnOk, t� certo. Foi uma gozada colossal. Meia lata inteira.rnSuando em bicas, permaneci est�tico na mesma posi��o inicial, onde apenas soltei uma das m�os para espalhar o suor acumulado no rosto, nada mais.rnRodamundo, supostamente exausto, deitou a cabe�a sobre meu caralho murcho, que parecia curtir o calor daquele rosto afogueado, daquele cavanhaque incrivelmente macio.rnTomando uma atitude que eu jamais teria feito em s� consci�ncia, toquei de leve os curtos cabelos a la militar do seguran�a.rnTr�mulo, indeciso, quase involunt�rio, meu toque parecia agradecer, de certa maneira, pelo boquete magn�fico (tenho que assumir a veracidade do �bvio) que aquele macho havia me proporcionado.rnTalvez eu estivesse agradecido pelo banho, pela cerveja, pela chupada...rn... pela companhia.rnAdormeci.rnrnFelip�o deu o alerta. N�o cochilei por muito tempo, disso eu tenho absoluta certeza.rnAo abrir os olhos travados e recuperar de prontid�o os sentidos, notei que Rodamundo massageava meu saco, apertando de leve minhas bolas.rnOs movimentos precisos das m�os delicadas daquele macho com cara de poucos amigos fizeram ? de novo ? a alegria do meu cacete, que esbo�ava com rapidez sua vontade de se aprumar para a saideira.rnPensei em acabar logo com a porra daquela festa. Eu j� tinha cumprido meu trato com o viado. Chega! Agora eu precisava desesperadamente dormir e esquecer de uma vez aquele epis�dio horrendo.rnRodamundo voltou a beijar minha perdi��o. Desconfort�vel, eu procurava me desvencilhar dos seus pelos e suor e l�ngua alucinada. Em busca de espa�o, empurrei com certa viol�ncia o macac�o contra a frieza do metal azul da cabine embebida em luz �mbar.rnO cara entortou os bra�os enormes e o corpo volumoso num movimento imposs�vel. Quando enxerguei a realidade, Rodamundo prendera minhas pernas de um modo que me era complicado executar o menor reflexo que fosse.rnSua cabe�a escovinha afundava no v�o do meu saco, lambendo-o, mordendo-o, sacudindo as minhas bolas que se estilha�avam na parede macia de uma l�ngua em f�ria.rnRodamundo puxou meu corpo e meu saco para mais perto da sua voracidade. Sua l�ngua agora invadia territ�rio fechado e proibido.rnO maldito tentava enfiar a l�ngua no meu cu!rnQuase urrei de tanto �dio. Eu ia dar um jeito de matar aquele sacana!rnRodei, esperneei, soquei cabe�a e ombros e t�mporas e tudo o que estava ao meu alcance. Uma coisa era deixar um cara chupar meu pau. Isso � normal. Outra, bem diferente, era permitir, isto �, sequer imaginar a possibilidade de um macho peludo lamber meu buraco virgem.rnAh, isso n�o ia acontecer mesmo!rnEu achava que com meus golpes poderia nocautear o maldito e acabar de vez com aquele atrevimento insano. Mais uma vez fui surpreendido, pois agora Rodamundo conseguiu imobilizar meu corpo por completo, trancafiando minhas m�os e minhas pernas de um jeito que n�o consigo descrever.rnSem chance de defesa, meu �dio consumia meus pensamentos. Eu, Jo�o Gaiola, ser estuprado pela l�ngua de um viado? N�o, isso nunca. Nem pensar!rnRodamundo tentava de tudo quanto � meio lamber minhas pregas. Eu travei meu cu com tanta for�a, que at� mesmo o ar denso do interior da cabine n�o encontrava passagem para arrefecer o meu peito em chamas.rn?Chupar meu cu voc� n�o vai, filho do demo?, eu gritei, mas a voz rouca sumiu na minha garganta seca.rnEu me debatia. Ele me lambia. Eu torcia o corpo para todos os lados. Ele enrijecia a porra da l�ngua que agora parecia mais uma navalha, de t�o r�gida e afiada.rnEu trancava o cu. Ele destro�ava cada preguinha do meu rabo rosado com movimentos executados por um ex�mio arrombador de ignor�ncias.rnEu tremia de raiva e dor. Eu gemia de raiva e dor. Eu uivava de uma dor que n�o existia.rn?Tira a porra dessa l�ngua do meu cu, seu viado maldito... tira, sen�o vou te matar, seu filho da puta...rn?Tira essa cara peluda do meu rabo, seu morf�tico dos infernos...rn?Tira... tira... agora... sai da�... sai... maldi...rn?Cai fora... para com isso... eu disse para terminar com iss...rn?Assim... porra... caralho... assim... filho da puta... n�o para!?rnOnde eu estava com a cabe�a? A puta que me pariu. Aquilo era bom demais. Aquilo era a encarna��o do pecado original, mas era bom pra cacete!rnRodamundo foi desvencilhando o n� dos seus bra�os fortes sobre meu corpo agora fl�cido, esmaecido, acabrunhado. Mas sua imoral l�ngua maravilhosa alargava o portal de um prazer jamais sequer imaginado por mim.rnAcariciando suas m�os pesadas pelas minhas coxas exaustas, minhas partes baixas foram brindadas com uma sensa��o de inequ�voco �xtase demente.rnQue dem�ncia deliciosa!rnTotalmente submisso aos caprichos da Nova Ordem, agora me vi de quatro, arreganhando as n�degas alvas com minhas pr�prias m�os, enquanto aquele macho se esbaldava em lamber e furar e descaba�ar e desovar sua saliva aben�oada em toda a extens�o do meu cu deflorado.rnEu enfiava a cabe�a no velho colch�o. Eu ria, eu gritava, eu estremecia por completo, por dentro, por fora, e Rodamundo invadia e conquistava e tomava posse do meu universo paralelo.rnTer o rabo lambido por um homem � a descoberta mais pr�xima do que se caracteriza como verdadeiro ?�xtase?. Sim, aquela coisa que as pessoas pensam encontrar em medita��es sem fim, em posi��es escalafob�ticas, em ora��es repetitivas que levam ao sono...rnDeixem um macho chupar seus rabos, cambada. Isso sim � o Nirvana!rnImplorei para que Rodamundo desse um minuto de tr�gua na batalha mais do que vencida. Eu precisava recuperar sei l� o que dentro de mim. Eu precisava respirar. E encarar de frente a nova realidade de um fato consumado.rnEncharcado em suor e saliva, eu buscava em desespero um pouco de ar fresco. Meu seguran�a vidente tomou a iniciativa, abrindo uma fresta da janela do lado do motorista.rnMesmo na pausa que eu sabia que era passageira, Rodamundo n�o tirou as m�os do meu corpo. E pela primeira vez na vida eu pude sentir o carinho real e espont�neo vindo de uma alma estranha, desconhecida.rnEu me perdia em pensamentos difusos, ao encarar de relance aquele macac�o que acabara de me provar um milh�o de coisas que eu n�o aceitava como Verdades.rnAs amarras da minha ignor�ncia se desfaziam em tiras liquefeitas, que sumiam em contato com o meu suor sagrado.rnComo a proje��o de um filme em alta defini��o, a lucidez das imagens arrebentavam meus preconceitos. Eu aprendia a dar os primeiros passos na toler�ncia da diversidade.rnEu come�ava a compreender os dois lados da mesma moeda. Por instantes que pareceram eternos, eu aprendia o que era ser homem e ser mulher... ser ativo e ser passivo na troca deliciosa de pap�is que n�o deveriam existir.rnMas a aula magna n�o havia encerrada sua divina li��o. Descobri a seguir que havia muito mais a ser explorado, sentido, degustado, educado, vivido.rnRodamundo cuspia no seu caralho que ganhava do meu em grossura e comprimento. Assustado, cora��o aos trancos, cu involuntariamente travado, era chegada a hora da derradeira prova de fogo.rnUma prova de fogo, tes�o e (mais) �xtase?rnrnPara tudo. Tempo. Pausa.rnOpaaaa! Tem coisa errada aqui!rnrnQual � a sua, Jo�o Gaiola? Virou Jo�o Boiola, todo cheio de verso e prosa, todo sensibilidade, todo froofroo s� porque um mach�o deflorou teu rabinho com a l�ngua? Que neg�cio � esse de deixar um macho comer seu cu? Ficou doido? Comeu bosta de cavalo?rnEra o irm�o da Ignor�ncia, o senhor Burrice, tentando me convencer a n�o seguir em frente.rnPuxei a m�o de Rodamundo para perto da minha boca, cuspindo na palma alheia com gosto.rnE se eu tinha que dar pro cara, fiz quest�o de dar de frente, olhando na fu�a do sujeito. Era a minha vez de abrir as pernas, feito uma f�mea fogosa a perder a virgindade, e sentir o que elas sentem, como elas sentem, do jeito que elas sentem.rnRodamundo segurou minhas pernas em forma de ?V?. Carinhoso e paciente, desceu seu cavanhaque macio entre minhas coxas, n�o poupando nem um v�o sequer.rnEu estremecia. Sentia c�cegas, medo, tens�o e dor.rnDor nos resvalos da consci�ncia.rnA respira��o descontrolada tentava estabelecer um ritmo sereno. Mas era imposs�vel agir com coer�ncia diante do Novo que assolava o meu batismo.rnSanta Sorte da Madrugada contar com um homem experiente na minha primeira vez. Pude relembrar as pouqu�ssimas vezes em que fui delicado e paciente e carinhoso com as mulheres virgens que deflorei ao longo da vida.rnNa verdade, sempre me portei com ego�smo e desrespeito na grande maioria das minhas fodarias. N�o me importava o prazer delas. Eu pouco me lixava para o que elas sentiam. Na minha cabe�a pequena, s� me bastava pagar e comer e dispensar e pegar outra na pr�xima parada.rnNa minha cabe�a min�scula, em casa bastava eu pagar as contas, encher a geladeira, comer a patroa pra procriar e ir à missa feliz aos domingos.rnAgora eu era a mulher, a puta, a virgem, a escolhida.rn?Vamos l�, Rodamundo. Enfia esse caralho no meu cu!?rnrnMacac�o cuspiu novamente no cacete empinado. Lambuzou meu cu com sua l�ngua agora macia. Posicionou a cabe�a na porta ainda travada.rnVai doer, eu pensava em desespero. Vai doer pra caralho!rnCerrei os olhos e os dentes. Encarei a dor que estava por vir. Prometi a mim-eu-mesmo que n�o ia gritar, como eu j� havia visto in�meras vezes minhas negas lindas estourando meus t�mpanos durante meus rituais de selvageria.rnVai doer... p�e s� a cabecinha... vai doer, eu delirava em desespero...rnVai doer pra caral... vai doer... t� doendo... t�...rnrnE n�o doeu. N�o doeu porra nenhuma!rnRodamundo entrava e sa�a do meu corpo e suas bolas se chocavam contra as paredes da minha bunda branquela. Ele suava. Eu suava. Ele gemia. Eu gemia. Ele enfiava mais. Eu queria mais e mais e mais!rnMais um mito derrubado. A puta que nos pariu! Dar n�o d�i porra nenhuma!rnEu sentia o caralho do arm�rio de pel�cia ro�ando as paredes do meu cu sem pregas. N�o havia um tra�o sequer de desconforto. Apenas prazer. Um prazer louco, estranho... mas era PRAZER, caralho!rnImaginei meu cu sendo uma buceta. Imaginei o Jo�o virando Maria. Abri bem os olhos para ver em detalhes aquele homem me fodendo com gosto.rnVi o suor escorrendo pelo seu rosto redondo, onde seus olhos negros expandiam a luz da vit�ria merecida.rnIncans�vel, maravilhado com a descoberta de toda a verdade, concentrei-me em manter meu corpo o mais confort�vel poss�vel para que meu homem pudesse ter o m�ximo de prazer (e me dar o m�ximo de prazer).rn?Meu homem?... que loucura!rnPrazer, prazer, prazer. Tudo na vida se resume a aluguel e prazer... eu cantava na cabe�a uma can��o rec�m-criada. Dar revelara meus dotes art�sticos. S� rindo mesmo!rnAh, eu disse ?meu homem?? Sim, eu disse e n�o retiro a minha afirma��o concreta. Naqueles minutos, eu era a f�mea a ser domada, educada, posta no caminho certo.rnEu aprendera a li��o na pr�tica das pr�ticas perfeitas. Rodamundo foi um enviado divino a me ensinar o que eu deveria saber; e me livrar de vez da minha selvageria incontrol�vel e desrespeitosa diante das v�timas da minha hipocrisia.rnSer ?comido? por um homem me abriu os olhos para vivenciar na pele e na alma exatamente o que Caetano explicitava em uma de suas can��es.rnSer ?feito f�mea? e ser amado por um homem me fez sentir vergonha por nunca ter respeitado quem se deitou comigo em casa e fora dela.rnQue sorte a minha ter sido escolhido por um cara que soube fazer a coisa certa por meios incertos. Sim, eu t� dando feito um louco. T� adorando e filosofando tudo ao mesmo tempo.rnrnRodamundo parou a transa, retirando o seu b�culo do meu or�culo. Ele voltou a beijar minhas coxas, relaxando-as com a massagem de suas m�os fortes.rnO seguran�a, delicado, movimentou meu corpo na mudan�a da posi��o. Aquele homem colocou o homem aqui de quatro. E assim voltou a penetrar meu rabo com vontade redobrada.rn Se no frango assado eu j� sentira muito prazer, de quatro eu verdadeiramente fui às cl�udias raias da loucura.rnNa boa, cara. Descobri que tem de ser muito macho para dar para outro macho e assumir para si mesmo que se gosta de ser passivo numa rela��o entre machos.rnEnquanto meu cu era fodido na responsa, cresceu em mim uma toler�ncia e uma compreens�o da vida gay que eu nem sequer sonhava argumentar comigo mesmo.rnMuitos dilemas ainda teriam que ser resolvidos na minha cabe�a, mas de uma coisa eu tinha certeza: a partir de agora, pelo menos meu respeito seria sagrado diante da diversidade, das diferen�as, da dita ?minoria? que n�o tem nada de minoria porra nenhuma!rnrnRodamundo intensificava seus movimentos. Exausto, pensei que fosse desmaiar tanto de prazer, quanto de cansa�o. Mas eu ia at� o fim. Eu tinha obriga��o de chegar at� o fim.rnO guarda-seguran�a deitou seu corpanzil sobre o meu, for�ando-me a arriar por sobre a espuma chamejante. Seu cavanhaque, encharcado de suor, lambuzava minhas orelhas, enquanto sua l�ngua como que me presenteava com um b�nus inesperado, proporcionando-me mais um prazer in�dito, onde meus ouvidos se regozijavam no arroubo de uma sensa��o deliciosa at� ent�o desconhecida.rnGem�amos e engalfinh�vamos em un�ssono. �ramos um s� corpo, uma s� carne. �ramos s�lidos e et�reos. Reais e surreais. Amantes e amados. Desconhecidos enamorados.rnRodamundo lavou minha alma com sua porra quente e abundante. Senti seu jorro a inundar meu rabo. E adorei a sensa��o. E completei minha miss�o de f�mea na Terra. E chorei. E notei que eu tamb�m havia gozado. Felip�o, emocionado, derramou enfim a sua primeira e derradeira l�grima de amor.rnCena de filme. Dois machos suados apreciando a luz de uma lua alaranjada. A luz interior apagada. L� fora, nem tra�o de um ser vivente. Apenas a carca�a da velha Yamaha jazia ainda debaixo do poste, ao lado do posto.rnMinha cabe�a tr�mula era acarinhada por uma m�o pesada em movimentos suaves. Minha cabe�a crian�a era repousada num peito paterno, onde os pelos macios faziam c�cegas na minha nuca. Eu ria. Eu queria chorar... de vergonha... da descoberta... dos fatos... do ocaso da minha idiota estupidez passada.rnFum�vamos um �nico Derby. Passado de boca à boca. Dedos que se tocavam. Pelos que se enroscavam. Est�vamos felizes, enfim.rn?Jo�o, voc� pode ficar tranquilo. Eu estou limpo!?, disse Rodamundo, rouco em meu ouvido direito.rnFiquei comovido por ele ter tocado nesse assunto. Nada respondi com palavras, mas o fato de trazer seus bra�os para mais perto do meu peito, protegendo-me assim do mundo, bastou para lhe afirmar o meu contentamento e o meu ?muito obrigado? pela prote��o à minha sa�de.rnEu era aben�oado por mais um presente da Sorte.rnAdormecemos um sono curto, onde ap�s um r�pido intervalo meu batismo recebeu enfim o derradeiro certificado de autenticidade.rnRodamundo retirou-me do seu peito, puxando minha cabe�a com cuidado para fix�-la bem diante dos seus olhos negros.rnL� fora, distante, luzes brancas difusas pincelavam o negrume de um c�u opaco. Leves faixas em rosa, laranja, azulzinho e amarelinho prometiam uma manh� radiante.rnSim, meu caro, havia delicadeza em meu ser, que vazara horas atr�s pelo buraco do meu cu ainda em festa.rnH� poesia imersa no mais rec�ndito ignorante. Um dia ela vem à tona. Atrav�s da dor... ou do prazer... ou de ambos.rn?Preciso voltar ao trabalho. Largo às seis. Tenho que dar mais uma ronda?, sussurrou Rodamundo, beijando-me o alto da cabe�a.rnPara fechar o ritual, partiu do Jo�o Gaiola aqui a coragem de experimentar um beijo peludo. Sim, pode come�ar a rir. Sem jeito, olhos abertos, bocabiquinho, estiquei os l�bios à procura de algo que n�o sabia se ia gostar ou n�o.rnRodamundo segurou o riso, puxando-me com for�a para o choque em seu cavanhaque �mido. Sua l�ngua que antes fizera maravilhas no meu rabo, agora tingia de magia o c�u da minha boca, passeando livremente de um lado para o outro, para cima e para baixo, para dentro e para fora.rnE eu, completamente mara...viado, me sentia feito garotinha de doze diante do primeiro beijo de l�ngua.rnFoi r�pido, certeiro, inesquec�vel, �nico!rnrnAlmo�o na Dutra, quatro da tarde, depois de fazer minha entrega. Mastigo com vagar proposital o en�simo peda�o de carne. Lembro-me do ocorrido na madrugada e me pego rindo feito um idiota que passou do ponto.rnMesmo ainda n�o discernindo bem tudo o que aconteceu, n�o me arrependo de nada do que fiz, como fiz, porque fiz.rnPrecisei dar o meu cu para aprender a ter respeito pelas mulheres que ainda ser�o v�timas da minha gaiola.rnN�o se assuste pela express�o. � ainda for�a de um h�bito que ser� extinto. As que vir�o ser�o bem pagas. N�o s� com meu dinheiro, mas tamb�m ?pagas? com minha aten��o, meu carinho e meu respeito. Elas me dar�o prazer moment�neo. E ser�o amadas como jamais seriam pelos outros homens sem identidades. E levar�o consigo, para sempre, os momentos �nicos que passar�o ao meu lado, nem que seja por menos de onze minutos paulocoelhanos.rnQuanto aos homens ?mocinha?, n�o sei se voltarei a aceit�-los na minha boleia. N�o, nem pense que minha atitude beira o preconceito. Apenas n�o sei, por hora, se eu teria estrutura pra encar�-los com o respeito que eles merecem ser encarados.rnAgora ser� dif�cil eu penetrar um cara e ao mesmo tempo recordar que eu tamb�m j� estivera do lado debaixo do equador.rnEu sei como voc� se sente. Eu tive a chance de ser Passivo por um instante.rnN�o ?virei? gay e continuo sentindo atra��o apenas por bucetas. N�o me vejo, nessa vida, namorando ou me casando com um macho. Isso foge à realidade da minha atual natureza.rnMas se j� posso ter orgulho de algo, � saber que virei sim um ?simpatizante? (acho que � assim que voc� denomina caras mente rec�m deflorada como eu!) de carteirinha perante o vosso universo.rnEu tive a sorte de encontrar um homem experiente que soube fazer tudo do jeito certo, conduzindo-me ao prazer completo da forma mais bonita que pode haver no embate entre dois machos.rnPalavras opostas que direcionam à Verdade. Pense nisso.rnAh, Rodamundo, roda-o-mundo! Ent�o o senhor deu suas melhores trepadas no interior de Volvos, n�o � mesmo?rnrn* * *rnrnMas aposto que a fodaria e o fazer amor que tu tiveste a chance de gozar no meu 111... tu jamais esquecer�, tch�!rnrnFIM

VISITE NOSSOS PARCEIROS

SELE��O DE CONTOS



minha tia casada matutinha contosconto erotico minha irma mim pegou fundedo com minha namoradacoroa gostosa se arrumando namorada em Pouso Alegrecontos eroticos cm chantagia minha intiada para mim da a sua bocetinhacontos eroticos sequestrocontos eroticos homoincesto contos fodasconto esposa.tomando aolcontos de meninas que adoram ser estrupadas por todos dà casamuito tempo sem mamar no paumulhrs aronbadas em quantodormiacontos porno de corno compartilha esposinha branquinha na viagem de onibus com negros hiper dotadosesposa perdeu aposta e encarou duas rolas conto eroticoContos eroticosque boceta e essa irmacontos eroticos biespsa,gozeiIa dentro.comcontos eroticos de um adolecente gayconto erotico vizinha novinhatodos buracos tapados e dupla penetracao no cu contosmulher muito timida contos eroticosprima perguntou se eu era virgemconto erotico gay minha mae pegou proibiu banheiro Canto eroticodeixei meu marido comwr um travestirConto cu afrouxadoconto erotico fui visita minha mae na cadeia e fudi suas parceirasjamaicanofodendocontos eróticos férias com porracontos eroticos pegador de esposascontos eroticos um casal de amigos nos convidou pra uma jantacontos eroticos com dialogo molestada pelo patraoconto erotico feia contos eroticos peitos sadomasoquismoConto tia a massageava o paucomi meu amigo dormindocontos meu calmante é picaconto erotico minha esposa pagou minha dividadado pro tio na fazenda, conto gayTennis zelenograd contovidos. anamara. cupanu. bucetaArrombando minha mãecontomeu pitbol mim rabouConto marido deixou traficante comer cu da mulhercontos eroticos na fazenda com a mamaepeladinha na praiaconto porno descrobri q minha mulher tinha.umcontos eroticos de maridosContos eroticos chantagiei e chupei minha maninha conto ele me comeu pelo buraco da paredePorno contos pais e maes tias avo's iniciam suas meninas incestorelatos eroticos eu minha mae e meu amigo pedroo caminhoneiro engravidou minha mulher eu confessodei pra um estranho num baile e meu marido viu conto erotico"cabelo na perereca"historia comendo eguacontos de fetiches e taras de cheirar o cu rosado da mulhercomtos de sexopelinhocontoscomi ela na pia da cozinha/contocontos eroticos arrependidaContoseroticos novinha magrinha virgem estupradas pelo tiocontos filha se fode pra aguentar a geba do pai no cucontos eroticos arendendo a dirigirCONTO ESCONDIDO COM CRENTE contos/empregada neguinha bunduda...textos viadinhos estrupados gozada boquinhaCONTOS EROTICOS REAIS EM VITORIA EScontos de sexo com sograconto porno minha espoza puta de muitos negroscontos eroticos eu e meu padrastocontos de insesto fatos.comreaiscontos eroticos trai meu marido com um molequecontos eróticos comida por dinheirocontos eroticos coroas de quarenta e oito na praiacontos inocênciacontos eroticos tio namorafaconto eroticos garoto pede carona e e estupradocorno que e corno fas todas as orjiasyahoo contos erótico incesto depois que casei meu pai virou me amanteMeu marido deixa meu patrão fuder meu cucontos eu durmo de saia sem calcinhacontos eroticos casada e comida por traficantescontos mamae noa aguentou meu pauconto erotico: fiz DPContos eróticos de lésbicas gemeas sarrando a bundaConto erotico crentecontos eróticos de bebados e drogados gaysocuzinhomaisapertadoconto.erotico.vizinha.área.invadidasdei pra um estranho num baile e meu marido viu conto eroticocomeçando se transformar travesti .. encarando pau enorme