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FANTASIA III: A MENINA COM ODOR DE JASMIM

UMA ATRA��O INEXPLICÁVELrnrn?Que droga!? - esbravejou Virg�nia olhando para a tela de seu laptop que continha uma mensagem de erro no trabalho que ela estava desenvolvendo. Mais um dia que tudo parecia estar dando errado ? ela desejou estar em outro lugar bem longe dali, fazendo qualquer coisa que a relaxasse da tens�o que estava sentindo. H� meses que n�o tinha uma transa decente com seu marido Gustavo, e isso era algo que a estava deixando realmente perturbada. ?Como � que pode?? - ela pensou; seu marido sempre fora um amante excepcional, que sabia exatamente como satisfazer o desejo incontrol�vel que rugia como uma fera aprisionada dentro dela e que quando saciada permitia que ela se sentisse uma pessoa diferente; uma pessoa melhor!rnrnEra tudo um enorme mist�rio e uma decep��o que estava arrastando o seu casamento na dire��o de um abismo cujo fundo n�o se podia ver. Gustavo fora o homem da sua vida, o amante, o companheiro e o marido que ela sempre sonhara. N�o podia pensar em uma vida sem ele. N�o, definitivamente, ela n�o podia viver sem ele. Eles se completavam em todos os aspectos ? principalmente no sexual ? e Gustavo sabia muito bem como tornar Virg�nia uma mulher feliz e realizada. Eram noites deliciosas (e que noites!), onde o tempo parecia para apenas para que Virg�nia pudesse sentir o vigor de seu macho possuindo-a de todos os modos poss�veis e imagin�veis, provocando-lhe orgasmos prolongados por mais car�cias que ela achava que podia resistir. Enfim, Gustavo era o seu homem e aquela situa��o decepcionante e inesperada faziam com que Virg�nia enlouquecesse com a remota possibilidade de perder seu marido e, consequentemente, seu casamento.rnrn?Nossa! Que cheiro � esse?? - Pensou Virg�nia enquanto aquele odor inebriante de jasmim invadia o ambiente. Era um odor muito familiar para ela, pois foi a ess�ncia do primeiro perfume que ela ganhou de sua ador�vel av� materna que al�m de cuidar de sua cria��o, tamb�m foi sua primeira e melhor confidente. rnrnJasmim tamb�m era a ess�ncia dos perfumes que costumava ganhar de presente de seu marido, que aprendera com a fam�lia dela que aquele era o seu odor preferido. Como Virg�nia adorava aquele odor. Era algo ador�vel e, ao mesmo tempo, excitante!rnrnMas, afinal, de onde vinha aquele odor suave e delicioso? Virg�nia ficou muito intrigada e decidiu que era melhor sair da sua sala de trabalho e tentar descobrir de onde vinha aquele cheiro que a provocava, bem como a excitava profundamente. Chegou à recep��o ainda curiosa em saber a raz�o daquele odor t�o delicioso. Fincou os p�s no centro da enorme sala e come�ou a agir como um animal a procura de sua presa, aspirando profundamente o ar à sua volta com a esperan�a de que ele lhe indicasse a origem daquele odor quase enlouquecedor. E n�o foi dif�cil descobrir a origem do odor j� que seu portador estava à sua espera.rnrn?A candidata à vaga de est�gio est� ali a sua espera? - a voz de Samantha, sua secret�ria funcionou como um alarme em seus sentidos que imediatamente se direcionaram para a pessoa que estava sentada em um sof� de canto oculto entre folhagens decorativas da recep��o. Virg�nia caminhou na sua dire��o percebendo que o odor ia tornando-se mais acurado e estimulando ainda mais os seus sentidos. rnrnN�o demorou muito para que o odor tomasse a forma de uma bel�ssima jovem que, sentada naquele sof� certamente passaria despercebida de todos que por ali passavam. Era uma ruiva de ascend�ncia n�rdica marcante, cuja beleza n�o podia ser descrita com palavras ? at� mesmo porque Virg�nia n�o seria capaz de encontrar alguma capaz de defini-la ? e cujas fei��es mesclavam um ar adolescente em um corpo de mulher escultural. Enquanto caminhava na sua dire��o percebeu que ela lan�ou-lhe um olhar ensejador de pensamentos escusos (quase obscenos), mas do qual Virg�nia esquivou-se sutilmente, n�o querendo demonstrar que o odor exalado por aquela mulher havia acendido uma chama diferente em seu interior.rnrnA jovem levantou-se do sof� aguardando a chegada de sua interlocutora com um sorriso amplo e acolhedor iluminando sua face e deixando claro que queria ser bem recebida. Virg�nia apresentou-se estendendo a m�o para a jovem que retribuiu de forma bastante calorosa, mas com certo comedimento. ?Ol�, me chamo Dafne e tenho um enorme prazer em conhec�-la. Vim para a entrevista que havia sido agendada dias atr�s pela sua secret�ria para a vaga de est�gio? - a voz daquela jovem soava em um tom singelo com certo toque de ousadia caracter�stica da idade. Era uma jovem precoce e com ar decidido, de quem quer conquistar o mundo o mais r�pido poss�vel ? e isso lembrou a pr�pria Virg�nia anos atr�s quando tamb�m passara por situa��o similar.rnrnVirg�nia devolveu o cumprimento e pediu para que Dafne a acompanhasse at� a sua sala onde poderiam conversar melhor. Entraram na sala ocupada pela executiva cujas janelas largas e altas permitiam a entrada de luminosidade suficiente para tornar o ambiente acolhedor, ao mesmo tempo que possibilitava a Virg�nia observar melhor aquela candidata cujo aroma de jasmim persistia invadindo o ambiente e imiscuindo-se em suas narinas causando sensa��es ainda indescrit�veis e inesperadas.rnrnConversaram sobre o trivial e depois de uma breve apresenta��o curricular de Dafne, Virg�nia disse-lhe que segundo o que observara de suas qualifica��es acad�micas ela era a pessoa indicada para o est�gio e que se n�o houvesse qualquer problema ela poderia come�ar na pr�xima segunda-feira. O rosto da jovem iluminou-se mais uma vez com um enorme sorriso de felicidade pela not�cia que acabara de receber, obstando apenas se n�o poderia come�ar imediatamente. Virg�nia, surpresa com aquele pedido, ficou alguns segundos sem saber o que dizer, mas logo em seguida, respondeu-lhe que n�o haveria problemas, apenas que o contrato de est�gio seria assinado apenas na pr�xima semana por conta de uma quest�o restritiva do Departamento de Recursos Humanos. E Dafne, por sua vez, disse que adoraria iniciar seu est�gio o mais breve poss�vel, inclusive porque achava ?delicioso? trabalhar ao lado de Virg�nia.rnrnAquela palavra (?delicioso?) deixou Virg�nia ainda mais intrigada com o comportamento daquela novata, mas pensou que talvez fosse apenas uma for�a de express�o adequada ao que estava ela sentindo. Antes de encaminhar Dafne para sua secret�ria, Virg�nia n�o foi capaz de conter sua enorme curiosidade e perguntou se ela estava usando algum tipo de perfume de jasmim. Dafne imediatamente ficou ruborizada e um acanhamento incomum tomou conta do comportamento at� ent�o espont�neo da jovem. Virg�nia, por sua vez, achou que havia dito alguma coisa indevida ou indelicada e rogou que a jovem esquecesse a pergunta e a desculpasse pelo abuso de privacidade.rnrnDafne sorriu ainda meio encabulada e devolveu as desculpas explicando que sempre que lhe perguntavam sobre isso ela ficava meio sem jeito, j� que percebera que a sua nova chefe sentira o odor de jasmim que seu corpo exalava. Sem querer manter aquela situa��o at�pica, Dafne justificou-se dizendo que fora habituada por sua m�e e av� a banhar-se com uma ess�ncia natural de jasmim desde a tenra inf�ncia e que ao longo dos anos aquilo tornou-se sua marca registrada, sendo que algumas pessoas achavam ex�tico enquanto outras detestavam.rnrn?Voc� n�o gostou?? - a pergunta de Dafne novamente pegou Virg�nia desprevenida, j� que a bem da verdade sentira-se excitada com aquele odor. Todavia, sem deixar transparecer o que realmente sentia, disse-lhe que pelo contr�rio, gostava muito daquele odor suave e sutil, e que usualmente tamb�m usava perfumes com a mesma ess�ncia. Dafne abriu um novo sorriso muito mais enigm�tico que os anteriores, revelando que o coment�rio de sua interlocutora havia causado uma sensa��o diferente daquela que esperava.rnrnFicaram ali, alguns minutos, sem palavras ? apenas olhares que pareciam dizer tudo sem revelar nada ? e foram interrompidas pela entrada de Samantha com a agenda de atividades de sua superiora para o per�odo da tarde. Virg�nia apresentou oficialmente Dafne para Samantha e disse-lhe que a encaminhasse ao Departamento de Recursos Humanos a fim de regularizar o contrato de est�gio da jovem que pretendi come�ar naquele mesmo dia. rnrnDespediram-se com um novo aperto de m�o e Virg�nia percebeu um estranho calor percorrer-lhe as entranhas respondendo ao toque suave, mas repleto de certa ?eletricidade? que vinha de sua nova funcion�ria. Samantha e Dafne retiraram-se da sala e Virg�nia ficou ali onde estava por alguns minutos tentando compreender o que tinha realmente acontecido naquele encontro.rnrnE o restante da tarde transcorreu com as atribula��es di�rias de sempre, exceto pelo fato de que o encontro de Virg�nia com a jovem estagi�ria havia causado um impacto ainda n�o totalmente avaliado. Vez por outra, ela flagrava a si pr�pria pensando naquele rosto e ainda sentindo aquele odor suave e deliciosamente provocante de jasmim; era uma situa��o inusitada para aquela mulher experiente em sua profiss�o, mas totalmente desconhecedora do comportamento humano.rnrn� noite, em sua casa, na companhia de seu marido, Virg�nia procurou agir normalmente, evitando denunciar o acontecimento ocorrido naquele dia com a jovem estagi�ria que havia lhe despertado alguma esp�cie de sentimento inexplic�vel e que a deixara confusa com suas sensa��es e expectativas. Jantou e assistiu um pouco de televis�o com Gustavo que, por suas vez, tamb�m encontrava-se absorto em seus pensamentos que o levavam para longe dali, em algum lugar onde ? segundo Virg�nia ? ele perdera toda a sua excita��o e todo seu desejo. Virg�nia achou por bem ir deitar-se e ap�s comunicar sua decis�o ao companheiro, dele recebeu uma concord�ncia de que deveriam ambos fazerem o mesmo.rnrnVirg�nia despiu-se lentamente de suas roupas que àquela hora da noite mais se assemelhavam a uma armadura medieval ? pesada e inc�moda ? pensando em Dafne, no seu dia de trabalho e na remota possibilidade de estar sendo observada pelos olhos gulosos do marido, o que, de fato, era uma verdade. Por�m, uma meia verdade, j� que a cobi�a e o desejo de Gustavo resumiam-se a olh�-la sedento de tes�o, mas sem a necess�ria contrapartida para um enla�amento que resultasse em muito sexo e muitos orgasmos.rnrnVirg�nia banhou-se e secando-se muito rapidamente buscou seu baby doll preto ( a �nica pe�a que vestia para dormir) e deitou-se sem esperar pelo marido que ainda estava sob o chuveiro aproveitando o poder restaurador da �gua que escorria pelo seu corpo cansado e repleto de sinais da preocupa��o que lhe perseguia nos �ltimos tempos. Do quarto, olhando diretamente para o box de vidro Virg�nia saboreava o corpo de seu marido. Era um homem bonito e sensual, de uma masculinidade discreta e atraente. Seus ombros largos ladeando um t�rax modelado sem abusos e com uma barriga praticamente impercept�vel sustentados por bra�os e pernas torneados a custo de idas di�rias à academia, faziam dele um homem desej�vel e excitante para qualquer mulher.rnrnQuanto ao rosto, Virg�nia pensava em como seu marido era bonito ? de uma beleza sem excessos est�ticos produzidos apenas para a satisfa��o hedonista ? e de como sempre se cuidara para ela ? e apenas para ela ? demonstrando que o amor que sentia era algo digno de ser cultivado e alimentado apenas para a satisfa��o do casal. Realmente, Gustavo era um homem maravilhoso em todos os sentidos, mas aqueles eram tempos dif�ceis que exigiam dela, assim com dele, a firmeza de acreditar que dias melhores estavam por vir e que eles ainda seriam muito felizes.rnrnE foi com aquela vis�o em seu olhar e com aqueles pensamentos rondando sua mente que Virg�nia adormeceu profundamente, deixando para tr�s todas as decep��es e surpresas de mais um dia de vida. Estava t�o extenuada que nem sentiu quando Gustavo deitou-se ao seu lado a abra�ou-a carinhosamente, tamb�m adormecendo logo em seguida. Foi um sono profundo e gostoso, operando uma real repara��o no seu corpo e esp�rito. At� mesmo a imagem de Dafne havia desaparecido de suas lembran�as e com ela o odor de jasmim que havia deixado seus sentidos meio que enlouquecidos pelo que n�o conhecia.rnrnMAIS UMA DECEP��O.rnrnOs dias que se seguiram foram recheados de novos desafios e expectativas em seu trabalho, compensando a aus�ncia e o distanciamento de Gustavo que a cada dia demonstrava sua decep��o e seu absoluto estado de infelicidade e impaci�ncia com aquela situa��o de impassividade sexual que refletia em seu casamento e abalava a cren�a de que tudo poderia mudar.rnrnPor outro lado, Virg�nia havia aproximado-se muito mais de sua estagi�ria. Al�m dos trabalhos que desenvolviam em conjunto, habituaram a almo�arem juntas e depois de alimentadas fazerem caminhadas pelo entorno do edif�cio trocando ideias sobre novos projetos e anseios sobre os poss�veis resultados daqueles que estavam em andamento. Eram momentos de descontra��o em que Virg�nia conseguia sorrir abertamente, liberando sua mente das preocupa��es com seu casamento e com a falta de sexo com seu marido. Dafne assemelhava-se a uma v�lvula de escape por onde todas as tens�es desapareciam e as gargalhadas espont�neas operavam um verdadeiro milagre no �nimo daquela mulher perdida em sentimentos de aus�ncia e desejo n�o correspondido.rnrnCerto dia, Gustavo aparecera de surpresa no escrit�rio de Virg�nia com um convite para almo�arem juntos. Virg�nia ficou inicialmente esfuziante com aquela deliciosa surpresa do marido, mas percebeu os olhares curiosos e inc�modos de Dafne que os espiava de uma dist�ncia discreta. Virg�nia sentiu-se em uma saia justa, pois ao mesmo tempo em que desejava realmente partilhar da companhia de Gustavo naquela tarde, n�o podia simplesmente dispensar sua nova amiga com quem havia dividido o hor�rio do almo�o no �ltimo m�s. Era uma d�vida cruel e sem possibilidade de escolha justa.rnrnNeste momento cr�tico Dafne aproximou-se com a desculpa de trazer alguns relat�rios para Virg�nia impondo que esta a apresentasse ao seu marido. Virg�nia fez as devidas apresenta��es e assim que esbo�ou proferir alguma desculpa para dispensar Dafne, esta atravessou-lhe uma afirmativa de que ia ausentar-se na hora do almo�o para resolver algumas pend�ncias pessoais. Despediram-se com Virg�nia aliviada pela a��o sutil de sua nova amiga e depois de passar algumas informa��es para Samantha, saiu com seu marido para um merecido almo�o.rnrnDurante a tarde daquele dia, Virg�nia percebeu que Dafne evitara permanecer a s�s com ela, sentindo que a jovem estagi�ria havia se ressentido do acontecido na hora do almo�o. Virg�nia, sem saber muito bem porque, sentiu-se desconcertada pelo acontecimento e pela repercuss�o causada em Dafne. Ela n�o conseguia entender quais as raz�es �ntimas que a levavam a preocupar-se tanto com aquela jovem como se a sua aprova��o ou reprova��o tivesse u,m significado sentimental para ambas. Virg�nia tentou por algumas vezes aproximar-se da estagi�ria para perguntar-lhe se estavam tudo bem, mas em todas elas Dafne esquivara-se de maneira polida e sutil. O final do expediente e a despedida destitu�da do entusiasmo usual da estagi�ria sopraram um vento g�lido no cora��o de Virg�nia que foi para casa com uma ponta de ang�stia minando-lhe as energias.rnrnAp�s o jantar, Gustavo flagrou sua esposa com um olhar perdido e um aspecto de tristeza. Perguntou-lhe o que estava se passando e Virg�nia sorrindo com um sorriso impessoal, disse-lhe que n�o havia nada de errado e que estava apenas muito cansada, pois o dia havia sido extenuante. Ela achou por bem n�o revelar suas preocupa��es a respeito de Dafne, at� mesmo porque nem ela pr�pria seria capaz de explicar-lhe o que estava acontecendo. rnrnDeitaram-se cedo e Virg�nia demorou a pegar no sono; o olhar de Dafne, a sensa��o de que ela havia ficado enciumada com a presen�a de Gustavo, a tristeza com o acontecido, e uma estranha sensa��o de desejo reprimido, impediam Virg�nia de adormecer. Ficou ali, revirando-se na cama de um lado para o outro, at� aninhar-se ao lado do corpo do marido que ? como sempre ? dormia um sono pesado e pouco sonoro. Gustavo estava nu (ali�s, como era seu h�bito), e Virg�nia ficou apreciando aquele corpo esguio de delineado por m�sculos bem trabalhados, mas sem excessos, pensando como seria bom uma noite de sexo insano como nos velhos tempos. Velhos tempos que pareciam ter desaparecido na bruma do tempo. Sem escolha adormeceu.rnrnrnrnrn?Virg�nia acordou de sobressalto ao toque suave de m�os percorrendo seu corpo. Abriu os olhos e percebeu que estava nua em pelo, deitada em sua cama sem a presen�a de seu marido. Sentiu mais uma vez o toque suave e aveludado de m�os pequenas e �geis que passeavam pelo seu corpo causando um arrepio sem medidas. O quarto estava em uma suave penumbra e a �nica luz que banhava seu interior tinha um tom azulado operando uma calma deliciosa e relaxante. Virg�nia abriu os olhos buscando acostumar-se com a pouca luminosidade do ambiente ao mesmo tempo em que procurava pela pessoa dona daquelas m�os que haviam deixado seu corpo em ebuli��o, excitada como uma colegial e sentido sua vagina �mida e ansiosa por prazer. O vulto que ela percebia atr�s de si n�o era o de Gustavo. Mais uma vez assustou-se, pensando na possibilidade de que estivesse sendo v�tima de um estupro. Mas uma voz doce e conhecida pediu que ela se acalmasse para aproveitar os carinhos que estava recebendo. Virg�nia fixou o olhar naquele vulto esguio e sutil percebendo a certa altura que era o vulto de uma mulher. Levantou-se quase de um salto e segurou aquela pessoa pelos ombros aproximando seu rosto da pouca luminosidade dirigida para constatar que se tratava de Dafne! Virg�nia enlouqueceu, quis gritar, quis esbofetear aquela safada, mas tudo isso desapareceu quando a jovem desferiu-lhe um beijo �ntimo e sensual, que a fez quase perder os sentidos, percebendo que n�o mais comandava seu corpo e sua vontade; a �nica coisa que queria era entregar-se àquela mulher deliciosamente obscena e que acenava com uma sedu��o pervertida, mas muito desejada. Toques e car�cias foram sucedendo-se de forma quase incontida e Virg�nia sentiu-se levitar quando os dedos �geis de sua parceira come�aram a brincar com os grandes l�bios de sua vagina que pulsava inchada e �mida de tanto tes�o! Que loucura era aquela? O que estava acontecendo??rnrnDesta vez Virg�nia foi de fato acordada daquele sonho quase real, n�o pela voz de Dafne, mas sim pelas palavras preocupadas de Gustavo cujas m�os sacudiam seu corpo que parecia sair de um estado de convulsionamento incontrol�vel que a deixara completamente suada e agitada. Ela abriu os olhos como quem salta do trem da morte e olhando para o rosto de seu marido, constatou que tudo o que sentira ? ou pensara que sentira ? n�o passava de um devaneio desfigurado da realidade. Abra�ou Gustavo com tanta intensidade que o ele ficou sem a��o, assustado com as a��es de sua esposa, mas af�vel em confort�-la mais uma vez.rnBeijaram-se.rnrnEra uma beijo que continha todos os desejos ao mesmo tempo. Gustavo desejava por demais retomar os tempos em que amava sua esposa com o tes�o de um garoto de vinte anos, e que via nela a express�o viva da sua concep��o de sensualidade e excita��o. Virg�nia, por sua vez, queria ser amada e possu�da muito mais do que antes; queria esquecer o rosto de Dafne e aquela estranha sensa��o de desejo por algu�m do mesmo sexo, refreando algo que tinha em si como obsceno, pervertido e injustificado por qualquer �ngulo que fosse visto. Tocou o membro meio enrijecido de Gustavo e passou a massage�-lo com a firme inten��o de masturbar seu marido a fim de provocar-lhe alguma rea��o.rnrnGustavo sentia-se excitado de verdade, mas ao mesmo tempo, percebia que a resposta era fraca e distante. Virg�nia n�o hesitou em abaixar sua cabe�a e tomar aquele instrumento na boca sugando-o com sofreguid�o de quem almeja um p�nis r�gido a pronto para uma penetra��o inesquec�vel. rnrnQuedaram-se largados naquele momento de intimidade em que o homem era subjugado pela deliciosa boca de uma mulher cheia de tes�o e cujo corpo parecia uma usina de horm�nios em explos�o. Virg�nia insistia na pr�tica daquele sexo oral que ela tanto gostava de fazer, e sentia que a cada momento sua vagina ficava mais �mida que antes e mais receptiva a uma penetra��o que lhe rasgasse o interior e lhe provocasse uma onde de satisfa��o �nica e suficiente para sufocar a ideia de entregar-se à Dafne e uma rela��o fadada ao infort�nio. rnrnEm algum momento aquele enorme instrumento musculoso deu sinais de uma ere��o digna de a��o e Virg�nia sentiu-se recompensada pelo esfor�o desprendido para fazer do seu homem o �nico macho pronto para penetr�-la com o vigor de um sexo ansiado h� muito tempo. Sem perder tempo ela deitou o marido sobre a cama e subiu por sobre ele cavalgando aquele garanh�o musculoso e sensual. Esfregou suas n�degas no p�nis enrijecido e permitiu que ele ro�asse os grandes l�bios dilatados de sua vagina em chamas, clamando por um ataque impiedoso do var�o insaci�vel que quer ter aquela mulher a qualquer custo.rnrnGustavo pegou seu p�nis e de forma decidida apontou a glande na dire��o da vagina penetrando-a de forma calculada e progressiva apenas para permitir que Virg�nia sentisse a penetra��o, gemendo e movimentando-se a fim de acolher toda a extens�o daquele membro brutal mas impiedosamente potente que sempre causara-lhe orgasmos deliciosos e que naquele momento era a �nica coisa que importava. rnrnFicaram assim unidos por uma penetra��o iniciada e que dava sinais de sucesso igual�vel ao que sempre fora. Virg�nia for�ou seu ventre oferecendo a vagina ao esperado sacrif�cio imposto pelo poderoso instrumento de Gustavo e balan�ou os quadris, arfando com uma respira��o profunda de quem tinha tanto tes�o reprimido que n�o seria capaz de ret�-lo por mais tempo. E n�o tardou para que aquele verdugo composto de carne e m�sculos penetrasse a vagina encharcada de fluidos e de tes�o. Realmente tudo parecia ter voltado ao que era antes.rnrnTodavia, o enlace n�o perdurou por muito tempo, posto que repentinamente, Gustavo sentiu seu vigor esvair-se sem qualquer raz�o para tal, esvaziando a rigidez de seu p�nis em um processo de decl�nio totalmente decepcionante. Virg�nia, por sua vez, sentia tamb�m a perda que murchava dentro dela deixando sua vagina pulsando pelo inacabado. N�o sabia se chorava, se gritava ou se apenas simplesmente abandonava aquele momento para ir chorar em algum canto escondida de tudo e de todos ? principalmente de seu querido marido destitu�do de energia.rnrnQuedaram-se na cama, um ao lado do outro. Os olhares perdidos, os corpos despidos, e a sensa��o de vazio e de tristeza invadiram seus seres, jogando-os em um abismo escuro e sombrio repleto de tristeza e de revolta irreprimidos. Apenas a noite em sua profundidade silenciosa e omissa os acompanhava enquanto adormeciam inertes e impotentes ante aos fatos que deixaram evidente que aquela rela��o estava por um fio e que n�o tardaria muito para que um deles renunciasse ao outro e abandonasse qualquer sentimento de esperan�a.rnrnO BEIJO COM GOSTO DE P�SSEGO.rnrnDias e noites sucederam-se uns aos outros, exigindo que o esquecimento roubasse de Virg�nia as tristes lembran�as da �ltima noite que tivera com o marido. Continuavam a vida juntos, almo�ando de vez em quando, jantando sempre e dormindo sob o mesmo teto e na mesma cama apenas porque ambos n�o sabiam o que fazer e como lidar com aquela situa��o. Mas, para Virg�nia, algo havia sido quebrado. Ela sentira que seu interior estava partido em peda�os que recusavam-se a serem novamente juntados, tornando sua exist�ncia uma vastid�o de sensa��es repletas de tristeza e de descontentamento com o p�rfido presente que o destino havia lhe proporcionado.rnrnE ante o sonho que tivera naquela noite fat�dica e desastrosa, Virg�nia passou a evitar ficar a s�s com Dafne, tratando-a o mais cordialmente poss�vel, por�m com a dist�ncia que a situa��o exigia. Ela n�o sabia bem porque, mas em seu interior imputava certa culpa à Dafne pelo que acontecera noites atr�s. Aquele sonho funcionara da forma errada, fazendo com que ela pensasse que o erro estava na simples presen�a daquela jovem ruiva, cuja beleza fora a primeira coisa que Virg�nia notara, seguindo-se uma sensa��o de envolvimento incontido que ela simplesmente n�o sabia explicar e que agora sequer queria saber. O importante, segundo ela, era evitar Dafne e tentar entender o que estava acontecendo e qual a verdadeira participa��o daquela jovem na vida de Virg�nia.rnrnNaquela tarde de sexta-feira, Virg�nia n�o ficou surpresa com a liga��o telef�nica do marido informando-lhe que iria encontrar-se com um velho amigo de inf�ncia e que tardaria em chegar ao lar, j� que ela pensou que seria melhor mesmo ela ficar a s�s consigo mesmo pensando no que fazer de sua vida. E aquela informa��o concedera-lhe a oportunidade de faz�-lo sem exigir que Gustavo dela se afastasse por algum tempo. Afinal, o div�rcio tornara-se uma possibilidade e caso pudesse transformar-se em uma realidade, Virg�nia precisava ter certeza do que fazer e de como agir a partir de ent�o.rnrnPensou em ir embora mais cedo, ou ainda estacionar em um bar qualquer e encher a cara como costumava fazer quando era solteira, afogando todas as m�goas e desesperan�as em um copo de vodca ou de tequila. Pensou at� mesmo em n�o fazer nada, apenas ir para casa e ficar sentada no sof� vendo o tempo passar e torcendo para que alguma coisa acontecesse e ela pudesse ent�o voltar no tempo à uma �poca em que era muito feliz e sabia muito bem disso!rnrnPensou em todas as possibilidades. E pensou. E pensou. E quando deu por si a noite j� havia chegado. O escrit�rio estava vazio e Virg�nia apenas percebeu que o tempo havia passado quando ouviu a voz marcante de Samantha dizendo-lhe boa noite e desejando bom final de semana, ao que ela respondeu quase que roboticamente, pensando apenas no que deveria fazer com sua vida. Apagou as luzes de sua sala, deixando acesa apenas a que emanava da lumin�ria de sua mesa de trabalho. Abriu uma das gavetas de sua mesa e dela tirou uma garrafa de vodca e um copo (lembran�as do tempo em que trabalhara com alguns gringos que tinham por h�bito beberem em suas salas ap�s o expediente).rnrnCaminhou at� o sof� que ficava ao lado de sua mesa e que servia de descanso para ap�s o expediente, esparramando nele seu corpo bem delineado e de formas generosas (sem excessos) e sorvendo um gole da bebida que tinha nas m�os. Ficou ali, perdida em pensamentos que nada conclu�am e imaginando o que seria de sua vida sem o prazer do sexo e sem a companhia de seu marido a quem amava e desejava todos os momentos como se fossem sempre os primeiros de sua vida. Dinheiro e sucesso profissional n�o eram suficientes para compensar a falta dos carinhos e das habilidades de Gustavo. Ali�s, tudo o mais seria descart�vel se ela n�o pudesse sentir-se viva, amando e sendo amada. Imaginava-se separada, triste, infeliz e mal-amada! O que mais poderia ser pior!rnrnSubitamente, a porta se entreabriu e Virg�nia percebeu um vulto mostrar-se com a luz por tr�s de si. Ela n�o conseguia ver bem quem se tratava e pensou que fosse algum funcion�rio que ainda estivesse trabalhando, por�m a voz suave dizendo seu nome revelou-se tratar de Dafne. Timidamente, ela perguntou se podia entrar, pergunta a qual Virg�nia desejou responder negativamente, repelindo aquela que ela supunha ser a respons�vel por todos os seus problemas. Mas, pensou melhor, e concluiu que aquela mo�a n�o tinha culpa de nada.rnDisse-lhe, ent�o, que entrasse e fechasse a porta, afinal, n�o queria ser vista daquele jeito desleixado e tristonho. Dafne entrou e fechando a porta atr�s de si disse com uma voz ainda suave mas entrecortada e receio e temor: ?Queria pedir desculpas, acho que fiz algum mal a voc� e queria muito que me perdoasse?. Aquelas palavras soaram no fundo da alma de Virg�nia; pobre menina! Pensou ela imaginando que Dafne n�o fazia ideia dos problemas de sua colega de trabalho estava passando e que n�o havia culpa para mais ningu�m a n�o para ela pr�pria.rnrnRespondeu que estava tudo bem e que apenas era um momento de cansa�o. Tentou de todas as maneiras desviar a aten��o de Dafne do que realmente estava acontecendo, mas repentinamente viu-se em l�grimas, chorando copiosamente e solu�ando enquanto as palavras eram engolidas a seco. Tentou levantar-se do sof� e esconder o rosto umedecido pelas l�grimas que escorriam de seus olhos, mas assim que o fez, foi abra�ada pela amiga que apertou o corpo de Virg�nia contra o seu com uma intensidade que ela jamais sentira antes. As m�os de Dafne eram como um afago doce e carinhoso, ao mesmo tempo, em que o calor do corpo daquela menina deixava Virg�nia mais reconfortada e tranquila. Era uma paz inexplic�vel e uma sensa��o de proximidade que ela sequer imaginava que podia existir.rnrnDafne ficou ali abra�ada à amiga por algum tempo, at� que, tocando-lhe o queixo com uma de suas m�os, aproximou seus l�bios daqueles que ornavam o rosto de sua amiga e tocou-os suavemente, apenas sentindo a do�ura e a promessa que eles guardavam para quem ousasse aproximar-se. Virg�nia, por sua vez, sentindo-se sem for�as para esbo�ar qualquer resist�ncia deixou-se beijar um beijo profano, proibido, mas inexplicavelmente ansiado e aguardado.rnrnFoi um beijo terno e, ao mesmo tempo sensual. Era uma sensualidade diferente, pac�fica, sem excessos e sem o dom�nio do macho sobre a f�mea. N�o apenas um beijo de carinho, mas tamb�m de desejo reprimido e de promessa de algo muito mais profundo e envolvente. Virg�nia sentia o cheiro de jasmim que emanava daquele corpo de formas perfeitas e cheias de juventude e energia, enquanto saboreava um beijo com gosto de p�ssego que alimentava seu esp�rito e sua alma, aquecendo-lhe o interior e jogando fora o vazio que at� aquele momento fora a �nica coisa que havia dentro dela.rnrnBeijaram-se mais e mais. As m�os de Dafne passeavam pelo corpo a amiga e davam sinais claros de que queriam v�-la despida e entregue à car�cias que a jovem guardara dentro de si e que, agora, precisavam serem libertadas para a satisfa��o de ambas. A jovem sabia que n�o havia mais o que temer nem mesmo o que pensar; apenas come�ou a despir as roupas de Virg�nia, lentamente, como quem aproveita cada momento e cada gesto com a delicadeza de querer sempre mais.rnrnFinalmente, Virg�nia estava completamente nua e Dafne puxou-a para pr�ximo da luz ? precisava ver aquele corpo delicioso que ela cobi�ara h� muito tempo e que agora iria ser seu de qualquer maneira. Olhou com um olhar guloso muito semelhante ao da crian�a que vendo uma montanha de doces a sua frente, mal sabe por onde deve come�ar a saborear as guloseimas e cuja vontade � t�-los todos para si de uma s� vez!rnrnEnsandecida, Dafne tocou os seios fartos de Virg�nia acariciando-lhes o volume e terminando por brincar com os mamilos entumescidos que mais pareciam pequenas frutas maduras chamando uma boca que os quisesse saborear sem d� ou piedade. A jovem sugou cada um deles ? inicialmente de forma delicada ? passando a chup�-los com a intensidade de quem esperava muito por aquela oportunidade. E Virg�nia, por sua vez, aproveitava aquele momento �nico e especial, sentindo-se desejada (algo que ela havia se esquecido ou perdido nos �ltimos tempos). Aquela mo�a à sua frente demonstrava inequivocamente que a desejava com uma intensidade tal que Virg�nia n�o era capaz de esbo�ar qualquer resist�ncia. Afinal, ela precisava sentir-se viva! Como resistir ao desejo de uma outra pessoa por voc�! - pensou ela ? pouco importa se � uma outra mulher, ? o que importa � aquela sensa��o quente e carinhosa das m�os passeando por seu corpo, explorando cada detalhe, cada sali�ncia com a curiosidade carregada de desejo. N�o, simplesmente n�o havia como resistir. E Virg�nia n�o queria resistir.rnrnSeguiram-se momentos de loucura total. Virg�nia procurou despir sua nova companheira com a mesma rapidez que esta fizera consigo, desnudando aquele corpo jovem e cheio de energia com formas e detalhes repletos do vi�o de quem acabara de desabrochar para a vida e expelindo uma incontrol�vel onda de desejo e de tes�o. Os seios de Dafne eram alguma coisa de divinos: firmes bem delineados e com mamilos t�picos de uma virgem intocada. Virg�nia beijou-os, sugou os mamilos entumescidos fazendo-os mais hirtos do que j� estavam.rnAs m�os percorriam os corpos buscando n�o apenas saborear a oportunidade como tamb�m retribuir cada gesto carregado de tes�o reprimido. Dafne demonstrava uma incr�vel habilidade e n�o tardou para ter em uma das m�os a vagina �mida e dilatada de sua nova amante. Brincou com ela, fazendo uma massagem com movimentos longos e pausados, causando um furor irrefreado em sua amiga que gemia e se contorcia entregando-se sem culpa ao carinho dedicado da sua amiga.rnrnDafne fez com que Virg�nia se deitasse sobre o sof� e sua boca come�ou a beijar sua barriga descendo em uma marcha decidida rumo ao monte de V�nus de sua amada. Finalmente, a l�ngua de Dafne percorreu toda a extens�o daquela vagina completamente tomada pelo desejo. Beijou o monte de V�nus coberto de pelos suaves e macios e seguiu seu caminho, tomando entre seus l�bios o cl�toris inchado como um pequenino p�nis duro e vibrante. Virg�nia gemia cada vez mais, controlando apenas o volume com medo de que algu�m al�m delas pudesse ouvi-la e acabar com aquele devaneio inesperado, mas muito bem vindo.rnrnQuase que de forma instintiva, Virg�nia puxou sua amada para pr�ximo de si confidenciando-lhe que tamb�m queria sentir o calor da sua vagina. Dafne suspirou dizendo que sempre desejara que algu�m como Virg�nia fosse a primeira pessoa a faz�-lo (primeira!), e imediatamente escalou o sof� colocando sua p�lvis bem pr�xima da boca de sua desejada superiora. rnrnVirg�nia ? de in�cio ? explorou aquela vagina pensando que sentiria nojo em fazer sexo oral em Dafne, temia que acabasse por destruir aquele momento �nico, causando uma tristeza e um vazio imperdo�veis tanto na pr�pria Dafne como tamb�m nela pr�pria. rnrnTodavia, aquele cheiro de jasmim que emanava daquele sexo casto e juvenil simplesmente funcionara como um afrodis�aco, cujo aroma invadira suas narinas, seu ser e sua alma, estimulando uma sensa��o que Virg�nia jamais havia experimentado. E seguindo um instinto que n�o sabia possuir, beijou a vagina �mida de Dafne sentindo mesmo gosto de p�ssego que sentira no beijo respons�vel por todo aquele torvelinho de emo��es e de sensa��es indescrit�veis. N�o tardou para que a l�ngua de Virg�nia obtivesse a destreza necess�ria para aproveitar ao m�ximo os sabores e aromas daquela jovem em explos�o hormonal digna de um conto er�tico.rnrnLogo, estavam elas aproveitando uma posi��o sessenta e nove, estimulando mutuamente as vaginas dilatadas e causando orgasmos sucessivos e deliciosamente agrad�veis. Gemiam em um cio que n�o parecia ter fim e quando Virg�nia demonstrou certa exaust�o, Dafne ? n�o se fazendo de rogada ? correu at� sua bolsa trazendo nas m�os um pequeno vibrador que passou a usar com habilidade de quem j� praticara em si mesma muitas vezes. rnrnAquele pequeno instrumento explorou toda a superf�cie do templo rosado de Virg�nia, causando pequenos arrepios de tes�o aos quais ela respondia com gemidos, gritinhos excitados e retesamento de seu corpo, sinalizando o quanto prazer estava sentindo. E Dafne, por sua vez, aproveitou aquela enorme excita��o para for�ar a penetra��o com o vibrador que foi plenamente correspondida pela vagina de sua amada cujos movimentos p�lvicos eram a prova clara de que ela havia adorado aquela nova experi�ncia. rnrnVirg�nia movimentava-se com o vigor de quem estava sendo possu�da por si mesma, ou ainda, pelo desejo de Dafne que a tornara mais uma vez a mulher que sempre fora: fogosa e cheia de desejo. Pensou por um instante em como seria bom unir o �til ao agrad�vel: ter na mesma cama Gustavo e Dafne (simplesmente o melhor de dois mundos), apenas para ela e mais nada! Seria sim deliciosamente obsceno, mas, ao mesmo tempo, despudoradamente sensual. Virg�nia quase podia sentir a presen�a de Gustavo ali, como um mero expectador, impossibilitado de fazer algo, podendo apenas ver, deliciar-se e enlouquecer de tes�o!rnrnImaginando uma cena de pura obscenidade ? com a observa��o passiva do marido ? Virg�nia gozou algumas vezes, e cada uma delas mais intensa e mais �mida que a anterior, sentindo que o l�quido que escorria de seu interior deixava encharcado o couro do sof� onde estavam permitindo que ela escorregasse simulando movimentos mais intensos e com maior oportunidade de saborear aquele pequeno instrumento de prazer. Gozou. Virg�nia gozara tantas vezes que j� havia pedido a conta e um pouco dos sentidos; estava completamente fora de si, apenas sorvendo cada orgasmo como se fosse o primeiro de sua vida. Queria que tudo aquilo jamais terminasse e que ela continuasse ali, apenas sendo possu�da pelo desejo juvenil de sua estagi�ria.rnrnDafne, por sua vez, sorria e divertia-se com o fato de proporcionar tanto prazer a uma outra mulher; mulher essa que ela desejara desde o primeiro dia em que pusera seus p�s naquele escrit�rio procurando por uma vaga de est�gio e sequer imaginando que encontraria a mulher que desabrochasse todo o tes�o que ela, por tanto tempo, represara com medo de consequ�ncias indesejadas aos olhos de uma sociedade repleta de falso puritanismo. E ali estava ela: dando e sentido prazer em dar prazer para uma mulher que tornara-se a mais ador�vel c�mplice que algu�m poderia almejar ter na vida; bonita, charmosa, inteligente e sensual sem medidas; tudo o que Dafne sempre sonhara.rnrnRepentinamente, a jovem foi retirada de seu devaneio pelo avan�o de sua parceira que tomando-lhe o brinquedo das m�os, deu sinais de que a partir daquele momento ela era quem comandava o espet�culo. Deitou suavemente sua companheira sobre o sof� e p�s-se sobre ela tendo o pequeno instrumento em uma das m�os estrategicamente posicionado sobre sua p�lvis como imitando um pequeno p�nis pronto para a penetra��o da f�mea que languidamente aguardava o delicioso sacrif�cio. rnrnVirg�nia iniciou o movimento no sentido e dire��o daquela vagina pronta para ser penetrada. ?A�, por favor meu amor, vai bem devagar, ? seja muito carinhosa, ? � a minha primeira vez e eu quero muito que ela seja especial? - a voz de Dafne soou como um estimulante aos sentidos de Virg�nia que ficou ainda mais excitada do que j� estava, enlouquecendo-se com as possibilidades que aquele momento proporcionaria a ambas. E foi sorrindo para a parceira virgem que ela inseriu o pequeno instrumento na sua vagina com um movimento lento e cadenciado, demonstrando suavidade somada ao enorme desejo de possuir aquela mulher totalmente.rnrnEnquanto o pequeno instrumento fazia o seu trabalho com a ajuda da p�lvis de Virg�nia esta apoderara-se da boca de sua parceira, desferindo-lhe beijos carinhosos e vorazes, que sorviam a ess�ncia de p�ssego que Dafne exalava e que deixava Virg�nia ainda mais excitada e com um tes�o que nem mesmo nas melhores noites com seu marido havia percebido ser capaz de sentir. Sua mente atinava com a possibilidade de que aquilo era algo que ela sempre desejara, por�m que sempre evitara com receio das consequ�ncias. Era um temor infundado e que apenas existia por conta da exig�ncia social, mas que agora podia ser libertado sem receio de que pudesse causar-lhe qualquer mal. Amar uma outra mulher tinha se tornado uma deliciosa realidade com a qual Virg�nia inconscientemente sempre ansiara, mas que jamais podia crer que viesse a tornar-se realidade.rnrnO gemido alto e escandaloso de Dafne era o an�ncio de que o orgasmo havia chegado. Ela gozou com tal profundidade que suas unhas cravaram-se no dorso de sua companheira, puxando-a ainda mais em sua dire��o e fazendo com que o pequeno instrumento desaparecesse dentro da vagina �mida e quente que, finalmente, saboreara o sentido de um tes�o plenamente satisfeito. Virg�nia aproximou-se ainda mais do corpo quente e pulsante de sua parceira aproveitando para sentir ainda mais uma vez aquele odor provocante de jasmim. E ambas quedaram-se inertes, vencidas pelo prazer que uma proporcionara para a outra e derrotadas por um cansa�o que teimava em pesar-lhe os olhos e tomar-lhes os sentidos trazendo à tona a vontade irrefre�vel de dormir o sono da recompensa.rnrnTodavia, o sono foi imediatamente substitu�do pela sensa��o que se apoderara de Virg�nia que acordou alguns instantes depois preocupada em saber onde estava e que horas eram. Levantou-se de sobre sua parceira, e, tomada de um enorme susto viu que um pequeno rastro de sangue escorria da vagina de Dafne. Tocou os ombros da amiga pensando sempre no pior e culpando-se por qualquer mal que tivesse acorrido à amiga, imaginando que jamais se perdoaria e ferir ou magoar aquela menina que fora sua primeira e verdadeira experi�ncia de prazer elevado à uma pot�ncia at� ent�o ignorada por ela.rnrnDafne acordou e vendo o medo estampado no rosto de sua amiga, olhou para baixo e depois de rir um risinho contido segurou o rosto de Virg�nia entre suas m�os dizendo-lhe afetuosamente: ?N�o se preocupe meu tes�o, isso significa apenas que voc� tirou minha virgindade, ? n�o fique assim, pois era exatamente isso o que eu queria, ser tua e apenas tua!?.rnrnVirg�nia olhou para os olhos brilhantes e levemente marejados da parceira e tamb�m sentiu que algumas l�grimas iriam escorrer pelo seu rosto. E ambas choraram juntas, felizes pelo acontecido e satisfeitas com aquele evento que deixava claro que aquela noite fora apenas o in�cio de uma rela��o gostosa e gratificante para ambas. rnrnCalmamente, as meninas procuraram recompor-se e vestir-se, pois j� era tarde e elas precisavam sair daquele escrit�rio sem dar sinais do que havia acontecido ali. Limparam o que puderam e esconderam eventuais pistas que denunciassem o que havia acontecido naquele lugar. Virg�nia foi at� o banheiro para lavar o pequeno instrumento que servira se substituto eficaz para o macho que n�o estava presente, mas que tamb�m n�o era necess�rio. E enquanto deixava a �gua do lavabo escorrer sobre ele, pensava em como poderia ser sua vida a partir daquele momento: e pensou que, mesmo achando tudo deliciosamente excitante, temia por seu casamento e pelas consequ�ncias que a rela��o com Dafne poderia ocasionar na sua vida conjugal, especialmente se Gustavo viesse a saber de tudo. Ali�s, a simples ideia de que seu marido descobrisse o que acontecera ali, causava-lhe um frio na espinha que gelava sua alma, e roubava o sangue de sua face.rnrnNeste momento foi surpreendida pelo abra�o carinhoso de Dafne que aproximara-se por tr�s envolvendo-a com seus bra�os e beijando-lhe suavemente a nuca. Olhou para o esmero com que Virg�nia lavava aquele pequeno brinquedo e sussurrou-lhe ao p� do ouvido: ?Fique com ele minha del�cia; � uma forma de voc� lembrar-se de mim quando n�o estivermos juntas?. Virg�nia sentiu uma pequena vertigem e virando-se bruscamente olhou nos olhos de Dafne perguntando o que seria delas no dia seguinte.rnrnA resposta de Dafne foi terna por�m de uma firmeza quase autorit�ria. ?Amanh� � outro dia, e para n�s mais um dia de trabalho, ? eu n�o vou te perder e nem quero pensar na possibilidade de voc� me perder, ? n�s fomos feitas uma para a outra e apenas isso � o que importa!?. Virg�nia argumentou sobre seu casamento e sobre seu marido e de como aquilo poderia ser solucionado. E mais uma vez Dafne demonstrou firmeza somada à uma inesperada maturidade. ?Gustavo � o seu marido e sempre ser�. Eu sou sua amante e sempre serei, ? n�o se preocupe meu tes�o, nada vai nos separar e apenas se voc� n�o me quiser mais � que n�s nos separaremos para sempre, ? afinal eu n�o sou sua dona, assim como voc� tamb�m n�o. Somos apenas duas mulheres que se amam e se desejam desse forma doce e singela. Eu vou sempre respeitar a sua sexualidade, assim como espero que voc� tamb�m respeite a minha!?rnrnVirg�nia sentiu algumas l�grimas rolando por sua face. Aquelas palavras tocaram fundo no seu ser e ela finalmente compreendeu que o amor que Dafne sentia por ela era muito mais que apenas desejo; era tamb�m um sentimento desprovido de possessividade, algo t�o terno, t�o doce e t�o sublime que o cora��o dela havia sido tocado por algo t�o precioso que a tornara uma pessoa melhor. Abra�aram-se mais uma vez e Virg�nia sentiu uma vontade incontrol�vel de beijar aqueles l�bios carnudos e provocantes, sentindo em sua boca aquele delicioso sabor de p�ssego e sorvendo aquele aroma inebriante de jasmim.rnrnMinutos depois, Virg�nia deixava sua amiga em uma esta��o do Metr� e rumou em dire��o à sua casa pensando em seu marido e em como precisava v�-lo naquele momento. Sentiu-se tomada por uma enorme saudade de Gustavo, uma saudade sem limites e que precisava ser satisfeita com o abra�o carinhoso de seu homem, sentindo aquele corpo musculoso envolvendo-a como um casulo de seguran�a. E assim correu para casa.rnrnChegou e entrou esbaforida, procurando por Gustavo em todos os ambientes da casa, mas n�o obtendo qualquer �xito em sua busca. Quedou-se no sof� da sala imaginando se Gustavo ainda viria ou se acharara melhor passar a noite com o amigo de inf�ncia, afogando as m�goas de uma masculinidade ferida que o deixava triste e cabisbaixo, amea�ando n�o apenas seu casamento como tamb�m a sua pr�pria vida. E aqueles pensamentos que sorrateiramente tomaram de assalto a mente de Virg�nia provocaram-lhe uma onda de p�nico incontrol�vel que repercutia em seu corpo que tremia elevando os n�veis de adrenalina fazendo-a suar e colocando seu cora��o em ritmo quase taquic�rdico denotando uma situa��o que parecia estar complemente fora de controle.rnrnQuando a porta se abriu e Virg�nia percebeu a presen�a de Gustavo, saltou do sof� correndo e sua dire��o e abra�ando-o com uma intensidade quase sufocante. Gustavo, por sua vez, sentiu-se reconfortado por aquele abra�o pulsante e inesperado, tal como uma recompensa que ele n�o sabia porque recebera e nem mesmo se a merecia. Apenas aproveitou o momento e retribui o abra�o com a mesma intensidade.rnrnVirg�nia sentiu-se tranquila com o acolhimento receptivo do marido. Olharam-se por um instante e beijaram-se. Era um beijo diferente; inexplicavelmente precioso e curiosamente inici�tico, como se aquele fosse o primeiro momento de suas vidas que pareciam ter renascido para uma nova era de realiza��o e de aproxima��o. rnrnE daquele beijo nasceu uma noite de plena realiza��o onde o desejo foi totalmente correspondido e onde todas as d�vidas e inseguran�as foram vencidas. Virg�nia entregou-se ao marido com uma plenitude que ela mesma desconhecia possuir. Deixou que seu corpo servisse ao desejo do marido da mesma forma com que sentiu que Gustavo entregava-se a ela com uma intensidade e com um furor quase primitivo, mas, ao mesmo tempo, repleto de docilidade e de carinho. Virg�nia sentia-se novamente desvirginada pelo marido, entregando-se a ele como na primeira vez em que haviam feito amor. A diferen�a estava apenas no fato de que ela agora sentia-se mais segura para proporcionar ao companheiro sensa��es antes nunca experimentadas; era uma entrega irrestrita e que encerrava em si uma renova��o daquela uni�o entre um homem e uma mulher que sempre se amaram.rnrnA madrugada j� ia alta quando, finalmente, os dois quedaram-se inertes e rendidos pelo cansa�o reconfortante de uma deliciosa noite de amor. E enquanto adormecia nos bra�os fortes e quentes de seu marido, Virg�nia sorria para si mesma com a imagem de Dafne em sua mente, sentindo que aquele sorriso era, de alguma forma, retribu�do pela parceira que ? em algum lugar daquela cidade ? tamb�m adormecia pensando nela.rnrnFinalmente adormeceu com a certeza em sua alma de que o dia seguinte seria o novo dia do resto de sua vida e de que tudo seria poss�vel na certeza do desejo satisfeito e correspondido de Gustavo e de Dafne.rn

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