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ARREPIOS - CAP3



Arrepios

Cap�tulo 3 – De v�tima a apari��o



Augusto n�o gostava de trabalhar na ag�ncia banc�ria onde era caixa, mas achava que, no fim, as seis horas de estresse di�rio compensavam, porque o sal�rio n�o era ruim. Al�m disso, as pessoas com quem trabalhava eram muito legais. Aos vinte e dois anos de idade, o rapaz se sentia satisfeito com sua vida profissional. Ganhava pouco mais de dois mil reais, e era o �nico, dentre tr�s irm�os, a n�o precisar fazer trabalhos bra�ais.

Talvez fosse por isso que vinha ganhando peso. N�o era gordo, longe disso. Mas havia desenvolvido uma discreta barriguinha, quase impercept�vel por debaixo das blusas em estilo social que usava para dentro de cal�as finas de microfibra, geralmente pretas. Era um homem alto, media cerca de 1,85m, e devia estar pesando uns noventa quilos. Fora a barriguinha, ele tamb�m havia notado que a bunda aumentara consideravelmente o volume. As coxas, ele sabia, sempre foram mesmo mais roli�as, assim como os bra�os, que eram musculosos, mas envoltos em uma m�nima quantidade de gordura que completava o charme do seu corpo. Augusto tinha um rosto infantil, olhos bondosos, sobrancelhas ralas, nariz perfeito e uma boca carnuda rosa, com as bordas levemente arroxeadas. N�o era branco, mas n�o chegava a ser mulato. Tinha apenas uma tonalidade parda mais acentuada a sua pele. Os cabelos, curtos, eram crespos, e, mesmo t�o pequenos, formavam cachinhos. Tiago, o advogado, sempre mandara o boy do escrit�rio ao banco, mas desde que notara a presen�a de Augusto, passara a fazer os servi�os por l�. Ele havia assumido para si a forte atra��o por homens que seu gato de botas havia despertado nele. E estava à procura de novidades. Tiago s� n�o sabia se achava mais atraente Augusto ou Fernando.

Fernando era o outro caixa, o que trabalhava sempre ao lado de Augusto. Era, aparentemente, mais velho que o primeiro, e mais velho at� do que Tiago. Fernando tinha 35anos de idade. Seu rosto era o oposto do de Augusto: marcava uma expressividade madura. Ele parecia ser personagem de um filme de aventura, o tip�o sofrido e vingador, ou o expedicion�rio corajoso. Usava os cabelos lisos curtos na nuca, mas um pouco maiores na parte de cima, penteados para o lado. Os olhos castanhos eram cobertos por sobrancelhas grossas, o nariz, levemente curvil�neo, boca opaca, sem brilho, mas carnuda, num tom um pouco mais avermelhado do que o restante da pele. A barba era farta, e, quando feita, formava uma sombra esverdeada pelo rosto. Ele era forte, malhado, e sua altura regulava com a de Tiago. Muitas vezes, depois de sua inicia��o, o jovem advogado se pegava imaginando uma transa com um daqueles dois homens, ou mesmo com os dois. E havia chegado a hora de p�r o plano em pr�tica.

Tiago contratara uma garota de programa para se insinuar para os rapazes, dizendo que queria transar com os dois. Quando os dois amigos sa�ram para almo�ar, ela os atacou:

– Nossa, n�o sei qual � mais gato!

Os rapazes se entreolharam, rapidamente, com um sorriso maldoso e perplexo. Ent�o, Fernando conduziu a situa��o, vendo que Augusto havia ficado sem gra�a.

– Nossa... eu e meu amigo ficamos agradecidos com o elogio.

– Bom, sei que, se eu tivesse que escolher entre um dos dois, n�o saberia qual escolher.

– Minha m�e diz uma coisa muito certa – Fernando retrucou: – na d�vida, leve os dois.

Augusto estava vermelho como um piment�o. As axilas suavam tanto que uma roda se formou debaixo de cada manga da blusa vinho que usava. Fernando disse que eles sa�am às quatro da tarde, e ela quis marcar algo, mas com a condi��o de que fossem os dois. Fernando combinou tudo, sem que Augusto tivesse a chance de negar o convite.

No restaurante:

– Voc� � maluco, mas eu n�o sabia que era tanto!

– Por qu�? Por arrumar uma boa transa para a gente? Voc� queria dispensar aquela loira cara?

– Fernando, tu � casado, cara. eu n�o faria isso.

– Ah, cara, voc� se preocupa de mais. � muito certinho.

– E outra, ela quer transar com eu e voc� juntos! Imagina, a gente nu na mesma cama.

– � melhor que seja entre a gente, que � amigo. N�o acredito que nunca dividiu uma gata com um amigo! Cara, eu nem vou tocar em voc�, nem voc� em mim, t� doido! O m�ximo que pode acontecer � minha m�o resvalar no teu bra�o, ou eu encostar o joelho em voc�. Como em qualquer situa��o do dia a dia. Cara, mulher adora isso, imagina, tu comendo o cu dela e eu a buceta!

– Nada disso, eu que quero a buceta!

–Ah, meu garoto, agora t� falando a minha l�ngua.

Os dois voltaram do almo�o rindo pela rua, Fernando abra�ando Augusto, dando-lhe tapinhas nas costas, parecendo um pai safado que vai levar o filho ao bordel pela primeira vez. Do jeito dele, Fernando adorava o amigo, e sabia que a rec�proca era verdadeira. Admirava esse lance de Augusto ser certinho e tal, mas sabia que o rapaz precisava se soltar mais. Voltaram ao trabalho e, at� a hora da sa�da, nada mais falaram sobre aquilo.

E as quatro da tarde bateram no rel�gio.

Ansioso, Fernando fechou o caixa, pois n�o havia mais clientes, e ajudou Augusto com o dele. A loura j� os esperava na sa�da do estacionamento. Foram para o motel. Fernando dirigindo. Como Augusto n�o ia dirigir, ele sugeriu que o amigo fosse com a loira no banco de tr�s, para j� ir curtindo alguma coisa, o que poderia deixar o rapaz mais solto para a hora do vamos ver. No banco de tr�s, a loura tirou os sapatos de Augusto, desamarrou a gravata dele e desabotoou a blusa. Foi beijando-lhe a boca, enquanto alisava o peito sem p�los do rapaz.

– Que inveja – Fernando pensou e riu.

Quando chegaram ao motel, Augusto j� estava sem a camisa, revelando o belo corpo que havia sido melhorado com uma camadinha extrafina de gordura. A timidez o havia deixado. Na recep��o, quiseram cobrar a mais por serem tr�s pessoas, mas a loira avisou que estavam com o cliente do quarto 456, ent�o, deixaram que passassem.

– Quem � o cliente que voc� citou?

– Meu marido. Ele quer assistir.

Fernando ficou ainda mais excitado com a id�ia, e Augusto voltou a ficar t�mido.

Ao entrarem no quarto, uma cama gigante estava arrumada à espera deles, assim como um balde de gelo onde jazia uma garrafa de champanhe. De frente para a enorme cama, mas a uma certa dist�ncia, havia uma poltrona luxuosa, parecida com um trono de realeza desses que se v� em filmes hist�ricos. Uma figura curiosa sentava sobre o trono: um homem moreno, bem moreno, de pele avermelhada, tipo �ndio, exibia sua nudez, exceto por uma m�scara de porcelana de Veneza, que lhe cobria o rosto, branca, adornada por fei��es sombrias e macabras pintadas de preto. Um capuz lhe cobria a cabe�a, e Fernando reparou que esse gorro era a extens�o de uma capa que vazava pelo lado do trono. Ele segurava um tridente na m�o esquerda, e na direita, segurava o seu pr�prio p�nis enrijecido. A estranha figura usava botas longas de couro preto. Augusto n�o gostou do que vira, e teve vontade de ir embora, mas a loira disse a ele que se tratava apenas de um corno inofensivo, que n�o lhes causaria inc�modo algum. E eles foram para a cama.

Segundos depois, estavam os tr�s completamente nus. Augusto, deitado na cama, recebia linguadas da loira por todo o seu corpo, ela havia come�ado pela boca do rapaz, descera para o pesco�o, onde registrou um chup�o, lambeu-lhe os mamilos, mordiscando para deixar Augusto com mais tes�o, e depois, concentrou-se no p�nis do jovem que, ereto, se mostrava grande, mas, principalmente, grosso, taludo, e a cabe�a vermelha do pau do rapaz reluzia como um tomate suculento. A garota de programa aproveitou aquele picol� de putaria o m�ximo que p�de em sua boca, enquanto, Fernando metia nela, por tr�s, no �nus, uma jeba de 19cm, de grossura normal, mas bastante habilidosa. Ent�o, ela deitou-se por cima de Augusto, encaixando o talo gostoso dele em sua vagina, e o peso que ele sentiu sobre ele foi o de um casal, quase sufocando-o, mas estava morrendo de tes�o. Aquela loira maravilhosa ditando o ritmo da transa, ao mesmo tempo em que ele sentia a for�a das estocadas que o amigo dava nela, por tr�s. Em alguns momentos, os rapazes pareciam se lembrar da estranha figura sentada ao trono, mas n�o deixavam a id�ia persistir. A loira queria terminar a transa sentada. Sa�ram, ambos, de dentro dela, Augusto sentou-se na cama, de pernas abertas, e ela afundou o �nus em seu p�nis grosso, sentindo que do�a bem mais do que o de Fernando. Este, encaixou-se de frente para ela, necessitando envolver o casal a sua frente com suas pernas. Temeu que Augusto fosse ficar de frescura, mas ele nem pareceu notar que as canelas do amigo resvalavam em seus quadris. Ent�o, eles deram tudo de si para foder da melhor maneira aquela mulher, Fernando espremendo-lhe os seios enquanto Augusto ca�a de boca neles, at� que gozaram, os tr�s, muito satisfeitos.

Deitaram-se para relaxar. A loira se levantou e serviu champanhe numa ta�a. Os amigos, deitados nus na cama, se entreolhavam, rindo um para o outro, satisfeitos com a traquinagem que haviam aprontado. Os belos corpos dos rapazes suavam, deixando �mida a roupa de cama. Beberam o champanhe que a loira lhes oferecera, e conversavam distraidamente, quando Augusto pareceu estar passando mal. Fernando se preocupou, e come�ou a sacudir o amigo pelos ombros, mas ele n�o reagia. Deu uns tapas leves no rosto de Augusto, mas a sonol�ncia s� parecia aumentar, e ele desabou na cama. Fernando levantou-se para reagir, tentou gritar, mas j� estava tamb�m mole e sonolento. E desabou na cama, ao lado de Augusto. Em p�nico, ouviu a figura que, agora, lhe dava pavor, levantar, deixar a capa cair por sobre o corpo m�sculo e avermelhado, e, pr�ximo a eles, dizer: “Boa noite, Cinderelas!”

[...]

Augusto acordou tonto. N�o demorou para perceber que estava deitado sobre uma superf�cie dura e fria, salvo pelos lugares que seu corpo j� havia aquecido. A posi��o que estava deitado n�o p�de ser reconhecida de imediato. Demorou alguns segundos para ele perceber que suas pernas estavam levantadas, as panturrilhas apoiadas em alguma esp�cie de suporte, de modo que ficavam um pouco mais suspensas do que as de uma mulher que vai fazer parto normal. Tentou mexer os bra�os. Percebeu que eles estavam presos na mesa, totalmente abertos, deixando à mostra suas axilas. Nada se mexia, seu corpo estava totalmente atado por fivelas de couro. A boca estava entupida pelo volume de algum objeto. Ele chorava, l�grimas de horror, de pavor, l�grimas de quem sentia que ia morrer. Havia visto o filme “O Albergue” semanas antes, e tinha certeza de que seria massacrado at� a morte com os maiores requintes de crueldade que a mente humana pode produzir. Fernando, ele lembrou, onde est� Fernando? Ser� que j� o haviam matado? Minha nossa, onde fomos nos meter, pensava.

Para Fernando, a sensa��o foi do mesmo pavor que Augusto, quando sentiu que todo o seu corpo era trespassado por cordas, que o penduravam a algum teto. Seus p�s n�o tocavam o ch�o com facilidade, apenas as pontas dos ded�es conseguiam alcan�ar o ch�o, e isso com muito esfor�o. Logo, decidiu que flutuar era menos desconfort�vel. As cordas incomodavam, assavam a pele onde apertavam. Ele sentia as cordas pelo corpo todo, exceto na bunda, essa parecia ter sido deixada livre. O pau, ao contr�rio, estava totalmente amarrado e apertado. A circula��o ali, principalmente no saco, parecia presa. A boca tamb�m estava entupida por um peda�o de pl�stico. Ele se desesperou: ser� que ele vai deixar meu saco explodir? E Augusto? O que ele ter� feito ao meu amigo?

As luzes se acenderam. Eram poucas. Uma, iluminava a mesa onde Augusto estava deitado, e a outra, estava por cima da cabe�a de Fernando. Os amigos se viram. N�o sabiam se estavam aliviados ao se verem ou se ficavam com mais medo, dadas as condi��es em que viam um ao outro, e em que se encontravam tamb�m.

Ent�o, o algoz entrou, sublime em sua nudez m�scula, carregando uma ere��o tarada e gigante. Ele come�ou a falar:

– Sabe, gente, eu j� fui um homem normal, exatamente como voc�s. Tenho mulher e um filho, trabalho, chego em casa à noite e trepo com a danada da minha mulher por horas e horas, e, nossa, como ela � gostosa. Al�m disso, � uma boa mulher e eu a amo mais do que a mim mesmo. Meu filho � pequeno, tem cinco anos, e somos uma fam�lia bastante respeit�vel. Mas, um dia, uma apari��o mudou a minha vida.

O algoz ia falando como se estivesse conversando entre amigos. Os rapazes iam ficando ainda mais amedrontados.

– N�o parecia um homem, mas sim um dem�nio sensual e mach�o. Ele me amarrou, me comeu, me deflorou, me transformou numa rameira na cama, e sabe a parte mais curiosa disso tudo? Eu amei! Eu nunca, nem na adolesc�ncia, havia tido contato com homens. O cheiro j� me enojava. Mas quando aquele macho me dominou, amarrado numa cama com a bunda para cima, quando ele enterrou a rola na minha bunda, me fazendo ter vontade de morrer, e me fez mamar a rola dele, e depois me fez sentar por cima dele, e tantas e tantas outras coisas, eu mudei, ah como mudei. Os homens na rua passaram a chamar minha aten��o, e passei a quer�-los, a ter vontade de dominar, de desvirginar, de tirar a macheza deles. –a essa altura, os dois amigos choravam em p�nico, e a agressividade do algoz se mostrava sutilmente por baixo de sua voz ironicamente calma – e hoje � a vez de voc�s, hoje, meus caros, vou destruir o corpo de voc�s, vou virar voc�s pelo avesso, vou usar esses rabinhos com tanta fome que eles nunca mais ter�o a mesma apar�ncia – ele estava exagerando nas palavras e sabia disso, mas era assim que se conseguia o suor mais cheiroso, aquele que brota do medo – e, quando levarem a m�o at� ele, para conferir o estrago, cuidado para n�o acabarem tocando o intestino, de t�o largo que o cu de voc�s vai ficar.

“Pronto, ele vai acabar com a gente e depois matar a gente”, Augusto tinha o rosto lavado de l�grimas e o nariz escorria. O mascarado se aproximou dele, tirou a bola de borracha que o amorda�ava, bem babada, e lambeu todo o excesso de saliva que ficou na bola. Perceberam que a m�scara que ele usava agora era igual à outra, mas ia at� o come�o do nariz, deixando livre a boca. “Se soubessem...”, pensou o algoz. N�o era do seu feito ferir ou fazer maldades f�sicas com as v�timas, como gostava a maioria dos s�dicos. Ele nem era um s�dico de verdade, era apenas uma bela de uma bicha infeliz, que havia viciado em machos.

O algoz foi para a regi�o onde as genit�lias e o �nus de Augusto estavam expostos, j� que as pernas estavam suspensas bem no alto pelos suportes. Augusto viu o mascarado sumir, abaixando-se ali, e trancou o cu de medo. N�o ousava falar nada. Sentiu uma pontinha molhada tocar seu �nus. Ouviu um nariz a fungar por ali. O mascarado falou: Nossa, que bucetinha linda voc� tem, meu menininho, e cheirosa, tem cheiro de virgem.

Augusto gelou de medo. Sentiu que a l�ngua do mascarado explorava seu buraco, lambia, for�ava e entrava cu a dentro, a despeito da for�a que o rapaz fazia para n�o ser penetrado pela l�ngua do algoz mascarado. Impiedoso, o algoz levantou, mexeu numa bolsa e voltou com um pepino. “Ou voc� se solta para a minha linguada, ou se soltar� para esse pepino!”. Augusto entendeu a amea�a. Era melhor ser lambido do que ter um pepino sendo enfiado no rabo. Soltou a musculatura do �nus. A l�ngua penetrava mais fundo agora e de maneira mais macia. Tiago estava adorando o paladar do cu virgem do rapaz. Era quase doce. Os pelinhos ao redor s� davam mais charme àquele �nus m�sculo pronto para servir-lhe de buceta. Mas n�o agora. Antes, havia muito o que fazer ali. Dirigiu-se para o outro macho dominado, pendurado e amarrado por tantas cordas. Tirou-lhe a morda�a de borracha.

– V� se foder – Fernando gritou para o mascarado. Ele n�o gostou nada, nada.

– Mandei voc� ir se foder, seu man�aco. Qual seu problema? Estuprar dois caras que n�o gostam de homem, voc� acha isso legal?

O algoz mascarado soltou uma risada jovem, m� e masculina: eu n�o gosto, adoro!

Dizendo isso, se apossou do pepino, vestiu no vegetal uma camisinha e levou at� Fernando.

– Vai pagar pelo insulto, desgra�ado. Poderia perder o caba�o para o meu pau, que � apenas um p�nis avantajado, mas agora vai ser para esse enorme e grosso pepino.

– N�o, por favor, cara, n�o faz isso, voc� vai me estoporar, cara, corre o risco de me matar, por tudo o que voc� ama, n�o faz isso comigo, n�o, n�o faz cara, por favor, cara...

Um soco acertou a barriga de Fernando. Augusto, com medo de ver o amigo ainda mais machucado, resolveu falar:

– Fernando, � melhor n�o discutir. A gente aceita o que ele quer e t� tudo certo.

– Bom menino – disse o mascarado – � essa a �nica sa�da. Aceitem.

O mascarado se apossou de uma ceringa cheia de um gel lubrificante e enfiou na bunda de Fernando, que, pela primeira vez na vida, sentia algo no seu �nus que n�o seu pr�prio dedo na hora de lavar o local. Era uma sensa��o de humilha��o, de desvaloriza��o. O �nus de um h�tero � sua parte mais �ntima, mais resguardada, e ele teria o seu violentado brutalmente agora. Ele suplicou por perd�o, mas o mascarado estava irredut�vel. A dor come�ou a rasgar o rabo virgem do mach�o pendurado pelas cordas. Ele sabia que trancar o rabo s� faria a dor ser maior, ent�o, tomou a decis�o mais dif�cil de sua vida. Relaxou a musculatura e deixou entrar no seu cu aquele pepino gigantesco, sentindo o arrombamento de seu ser, sentindo-se degradado. Enquanto enfiava o pepino no �nus de Fernando, o algoz mascarado chupava o p�nis fl�cido da v�tima, que demonstrava n�o estar com tes�o nenhum. Mas o contato da deliciosa boca quente de Tiago com a glande fl�cida de Fernando fez a cobra subir, o que deixou Fernando com vergonha de Augusto. “Droga, ele vai pensar que sou veado, que estou gostando”

Ele se sentia mal. Parecia que o pepino provocara uma onda de n�useas. Suor pingava de sua testa, fazendo seus olhos arderem. Ele sentia que suas axilas tamb�m escorriam, e se espantou com o cheiro acre que brotou delas, revelando que o desodorante havia sido vencido pelo medo. Era cheiro de macho, um cheiro de sexo temperado, n�o o tal cec� que brota dos homens mal cheirosos depois de um dia de trabalho bra�al, mas era algo que ele n�o considerava cheiroso. Mas se surpreendeu ao ver que a boca do algoz mascarado largava seu p�nis, agora teso e apontando para cima, para ir lamber-lhe os suvacos suados, expostos, os bra�os suspensos e amarrados. “Esse cara s� pode ser maluco!”

– Por favor, tira esse pepino daqui, cara, a dor � muito grande.

– vou ser misericordioso com voc�, meu escravo. Vou permitir que escolha entre ter o pepino no rabo ou entre ter a minha vara. O que me diz?

Fernando olhou para o p�nis duro, moreno, de cabe�a arroxeada do seu algoz, e se sentiu triste e humilhado ao se ver analisando friamente a situa��o: “bom, esse pepino tem cerca de vinte e poucos cent�metros, e a circunfer�ncia � quase da grossura de um copo de requeij�o. O pau do cara � grande, mas � bem menor do que isso, deve doer menos.”

O mascarado voltara a chupar o pau duro de Fernando, e remexia o enorme pepino dentro do �nus da v�tima p�lida de horror.

– Prefiro que voc� me coma!

– Prefiro o seu mastro, meu rei. � assim que deve pedir.

Fernando engoliu o orgulho. Cuspiu a frase com todo o �dio que tinha no cora��o:

– Prefiro o seu mastro, meu rei.

– Ok, ser� feita a sua vontade, minha rameirazinha deliciosa.

O mascarado pegou uma cadeira e posicionou-a perto de Fernando. Mexeu numa alavanca que fez o rapaz descer at� o ch�o. Seus p�s agora tocavam normalmente o solo, mas ele continuava atado pelos bra�os erguidos, como carne pendurada num a�ougue. N�o podia mexer as pernas, porque os tornozelos estavam atados um ao outro. E nem pretendia tentar nada. N�o sabia at� onde ia a loucura daquele cara. O algoz mascarado sentou-se na cadeira, mas antes, certificou-se de que Augusto, deitado em posi��o de parto, podia ver a cena.

Ent�o, pela cintura, guiou Fernando a ir sentando, devagar, em seu colo, de costas para ele, ambos de frente para Augusto. Todo atado, com partes do corpo j� muito assadas pela fric��o da corda, Fernando arriou o corpo no colo do algoz, sentindo que seu �nus, j� bem lubrificado e cedido pelo enorme pepino, abocanhou com certa rapidez o p�nis do agressor. Aquilo era estranhamente aliviador: n�o havia do�do, como ele pensou que doeria, e a posi��o que estava agora, sentado, era extremamente mais confort�vel. O local estava frio, embora ele suasse muito, e sentir o corpo quente por debaixo do dele tamb�m fora aliviador. “Minha t�cnica deu certo, primeiro, algo bem pior, depois, sentar no meu pau seria apenas um verdadeiro momento de al�vio”, Tiago constatou.

O algoz deslisava as m�os firmes, m�sculas e joviais, pelo corpo da v�tima. Espalhava o suor cheiroso do medo por todo aquele corpo. Acariciava as axilas e cheirava as pr�prias m�os embebidas pelo suor de Fernando. Enquanto isso, ia pressionando o p�nis dentro da carne macia do �nus de seu macho, que ofegava nervoso. Suas n�degas macias encostavam na coxa do agressor, que parecia adorar tudo aquilo. Fernando apenas curtia o al�vio de estar sentado, aquecido e com algo bem menor e bem mais macio a lhe futucar o �nus. Por enquanto, era bem melhor do que estar pendurado pelos bra�os e com um pepino arrasador na bunda.

Uma sensa��o gostosa o chamou a aten��o: seu p�nis dur�ssimo havia sido envolvido pela m�o esquerda do agressor, que o masturbava. A outra m�o alisava seu peitoral definido, reluzente por causa da camada de suor que o cobria. Ele se ouviu soltando um suspiro estranho, longo, um suspiro s� de al�vio? N�o parecia. Ele havia soltado um suspiro de entrega, de relaxamento. Ele havia soltado um suspiro de prazer. Fora inevit�vel: ele estava gostando.

Deitado na cama, Augusto chorava ao ver a cena. E estranhou quando come�ou a ouvir os suspiros delicados e macios do amigo. Algo na cena havia mudado: n�o era mais o algoz mascarado que ditava o ritmo da foda: seu amigo, seu amigo mach�o e h�tero, descia e subia no colo do mascarado por vontade pr�pria, parecendo rebolar em cima do pau do cara, com movimentos suaves. Os olhos de Fernando haviam se fechado enquanto ele se entregava de vez àquela nova sensa��o, uma sensa��o de prazer.

– Est� gostando, Fernando?

– Huuurrr huuuum estou.

– Sente que seu rabo agora � uma bucetinha desvirginada?

– Por huuuh for favor, n�o fale disso assim... aaaaaaah

– Mas � assim que as coisas s�o: agora, seu cu � uma buceta, e seu pau n�o passa de um grelo que eu acaricio para voc� ter prazer, minha bonequinha.

– aaaaaaah aaaaaaah aaaaaah uuuuau

– E ent�o, sente que seu rabo � uma bucetinha arrombada?

Ele sentia que agora era outra esp�cie de ser humano. As estocadas do pau do agressor eram verdadeiras car�cias no �mago de suas entranhas, e ele se sentia todo enfraquecido. Seus gemidos saiam como um sussurro, mas logo viraram gritos de tes�o. E ele resolveu se entregar:

– Sim, aaaaaah aaaaaaaaaaaaaah come essa bucetinha, meu macho! Eu aiiiih

– Est� quase gozando, boneca?

– Estou, eu uuuuuuuuuuuuuh

Augusto estava horrorizado: tudo aquilo era uma encena��o? Fernando era gay? Teria combinado tudo? O �nico enganado ali era ele? As l�grimas que punha para fora agora eram de raiva.

Tiago, por baixo da m�scara, revirava os olhos de prazer: que homem gostoso era aquele que estava deflorando? O cara era um verdadeiro macho alfa, de rosto malvado, de m�sculos tesos, barba esverdeada, cheiro de perfume de cafageste nas roupas e no pesco�o, aroma de estivador nas axilas, e uma bela de uma pica rosada apontando para cima, dura como a�o, al�m de uma bunda firme, mas macia e do rabinho mais gostoso do mundo. Comer aquele homem era algo inenarr�vel. Ele iria querer aquele cara pelo resto da vida!

Fernando n�o entendia como o prazer n�o parava de crescer dentro dele. O toque m�sculo da boca e da barba do algoz em suas costas, as m�os dele pelo seu corpo, masturbando seu p�nis, e sua dureza alargando a carne de seu �nus, penetrando pelas paredes lisas de seu reto, quente, pulsante. Ele n�o falava, s� gemia. Seus cabelos lisos estavam arrepiados de t�o molhados pelo suor que escorria por sua face. Olhou para o amigo na mesa, mas ele parecia agora uma realidade distante, de um tempo antigo. Na verdade, at� gostou de v�-lo nu. Mas rapidamente voltou a se concentrar no macho sobre o qual sentava e rebolava, na pica que o abria por dentro, no h�lito que esquentava suas costas, nas m�os morenas que o bulinavam. O cora��o disparou. A conhecida c�cega indescritivelmente maravilhosa que antecede o orgasmo masculino partiu para tomar-lhe o corpo, mas n�o da glande, como sempre pensou que fosse. A glande era uma extens�o do prazer que vinha de sua pr�stata. O prazer, o verdadeiro prazer, esse novo prazer, que ele jamais pensava existir, partia do fato de que seu �nus virgem estava sendo comido, fodido, arrombado, pelo algoz. Sua vis�o ficou turva, e ele gozou, gritando de prazer, um grito selvagem, masculino, mas que era um verdadeiro grito de f�mea.

Tiago gozou em seguida, sentindo que, enquanto preencha o rabo da v�tima com leite quente e viscoso, seu machinho apassivado lambrecava-lhe a m�o com o leite que sa�a da rola que o algoz resolvera masturbar. Que del�cia! Sentiu-se satisfeito por ter trazido mais um macho para o seu reino. Dominar aquele Ad�nis fora algo maravilhoso

Foi a� que Tiago cometeu seu primeiro erro.

Depois da transa, ele desamarrou Fernando, libertando-o. achou que, agora, o rapaz entendera como era gostoso tudo aquilo, e iria ajud�-lo a iniciar o outro rapaz. Mas, passada a avidez do momento, o prazer moment�neo e �nico que Fernando havia sentindo era, agora, uma tristeza e um arrependimento profundos em sua mente. Ele n�o se sentia bem com o que havia acontecido. Sentado, meio repousante, num sof� de couro no canto da sala, Fernando sentia o esperma do dominador se misturar ao gel lubrificante e escorrer pelo seu cu. Aquilo foi degradante. Seu cheiro o incomodava, o fazia sentir-se um lixo. Ele levou a m�o ao �nus, sentindo uma ard�ncia inc�moda. Teve nojo de tudo aquilo. E decidiu: meu amigo n�o merece isso.

Tiago se sentou ao lado de Fernando e disse que queria v�-lo deflorar o pr�prio amigo. Ele fingiu aceitar, mas quando os dois se levantaram, acertou na cara de Tiago um soco forte que o fez cair. Aproveitou o desmaio do algoz e o amarrou todo. Correu para onde estava Augusto e desamarrou o amigo, e os dois procuraram suas roupas rapidamente, sem dizer uma palavra um com o outro. Acharam a sa�da. Estavam no meio do nada, na porta de um galp�o. Um t�xi passou pela pista e eles o tomaram. Dentro do carro, Fernando chorava desesperadamente. Augusto, vendo o desespero do amigo, passou o bra�o por sobre os ombros dele, tentando consol�-lo.

– Voc� foi muito corajoso, cara, muito obrigado por me salvar.

– Eu n�o tive escolha. Voc� n�o merecia aquilo.

– Voc� j� conhecia esse cara, Fernando?

– L�gico que n�o! Que pergunta...

– Mas voc� curtiu ser comido por ele...

O taxista olhou de relance pelo retrovisor, meio que horrorizado com o que ouvia; os amigos, no entanto, n�o mostraram preocupa��o com a presen�a dele ali. Tudo o que haviam vivido era t�o intenso que n�o se preocupariam em ser ouvidos por um estranho.

– Augusto, eu to me sentindo t�o mal que s� o que eu queria agora era morrer. Nunca achei que pudesse curtir uma parada daquelas.

– Sempre ouvi dizer que todo mundo que d� o cu acaba gostando, cara. voc� foi for�ado, n�o foi culpa sua.

Fernando afundou o rosto molhado de l�grimas no ombro do amigo, chorou todo o percurso, sentindo-se culpado por ter descoberto que dar o rabo era, simplesmente, uma del�cia. Mas ele n�o queria repetir a dose. Pelo menos, era o que ele achava.

[...]

� noite, depois de tomar um bom banho, Augusto vestiu uma cueca boxer verde, uma regata preta, e foi se deitar, na cama do quarto que ocupava na casa dos pais. Ele n�o esquecia um minuto o que vivera naquela tarde. A sensa��o de estar amarrado, vulner�vel, nu, pronto para ser abusado, enquanto uma l�ngua sedenta vasculhava o interior de seu �nus. Depois, ver o seu amigo sendo comido pelo algoz. Ser� que Fernando teria notado o momento da ere��o de Augusto ao v�-lo sendo deflorado? Ele n�o entendia como podia ter gostado de ver aquilo tudo, mas seu p�nis dizia isso, apontando para cima, teso e pulsante. Deitado, Augusto rolava pela cama, sem dormir, lembrando a deliciosa sensa��o de ter o �nus estocado por linguadinhas �midas, necessitando ardentemente sentir de novo aquela sensa��o. Por debaixo do edredon, Augusto tirou a cueca boxer, deixando suas belas pernas roli�as, sua maravilhosa bunda carnuda e o p�nis pentelhudo e duro nus. Dobrou os joelhos, deixando o �nus mais acess�vel, molhou bem de saliva a ponta do dedo m�dio e come�ou a massagear seu buraquinho. “ser� que o verei de novo, algoz mascarado?”, Augusto se viu perguntando, e todo o seu corpo se arrepiou de medo e surpresa, ao constatar a pergunta que a mente havia feito.

Fernando chegou em casa triste. Sua mulher n�o estava em casa, o que foi bom. Ele n�o sabia como a iria encarar. Mas, quando ela chegou e o pegou chorando, ele n�o conseguiu esconder nada dela, daquela pessoa que tanto amava, embora pulasse a cerca de vez em quando.

– Fui estuprado, Carla.

Ele omitira a parte na qual ia de bom grado com a loira e seu amigo para o motel.

– um cara me anestesiou na sa�da do banco, e quando acordei estava nu, pendurado no teto por cordas ... ele me estuprou.

– meu amor... – a mulher estava horrorizada– e te machucou muito?

– veja voc�.

Ele tirou o short e a camiseta branca, mostrando as marcas da corda. Ela sentiu uma pontada no cora��o ao ver as marcas agressivas da corda. Ele virou de costas para ela, chorando como uma crian�a, e mostrou o �nus, ainda inchado e avermelhado. Ela o abra�ou. Foram para a cama e fizeram amor, mas de uma maneira branda, terna. As car�cias mostrando o quanto se amavam. Fernando ficou feliz ao ver que, ao lado de Carla, esquecia todo o restante do dia. Ali, nu, com o corpo colado ao de sua esposa, penetrando-lhe suavemente a carne entre as pernas, sentindo o aroma feminino de seu pesco�o, beijando delicadamente os seios firmes e passando a m�o pelos sedosos cabelos louros dela, Fernando soube: nunca mais a trairia, nunca mais teria outro parceiro sexual. Mas ele ainda n�o sabia que seu rabo ia discordar disso, e iria pedir rola muito em breve. “Sempre ouvi dizer que todo mundo que d� o cu acaba gostando, cara. voc� foi for�ado, n�o foi culpa sua.” A voz de Augusto ecoou fundo em sua mente. Ele a afastou para bem longe daquele momento.

Quando Tiago acordou, estava com as m�os amarradas. Merda, pensou, perdi os caras. Mas havia valido a pena. A sensa��o de ter nas m�os um homem como Fernando era indescrit�vel. S� n�o tivera tempo de ser comido por ele. E o outro rapaz? Como era lindo, em suas fei��es infantis, como era gostoso seu corpo, liso no peito, pernas e bunda, e cheio de cabelos nas axilas e no p�bis. Que bundinha roli�a e cheia de carne era aquela? Que pernas grossas e macias! E o paladar do cu do cara? doce como o rabo de uma virgem. Precisava transformar aquele rabo em buceta. E n�o ia descansar at� conseguir.

Com muito custo, p�s-se de p�. Conseguiu achar o celular e discar com a boca o n�mero do consult�rio de Doutor Medina. Passou-lhe o endere�o. Em breve, a apari��o estaria ali, ao lado dele, para fazer com ele o que ele fizera à sua v�tima. Deitado no ch�o, sobre sua pr�pria capa preta, Tiago era uma bela vis�o: o advogado de corpo moreno e bem talhado, ainda portava uma ere��o, quando a porta do galp�o se abriu e a apari��o entrou, trajando apenas a capa preta, as botas de couro, o len�o na cabe�a e a m�scara de seda amarrada no rosto.

– voc� me invocou e eu apareci.

– meu amo, pode me fazer o favor de me usar?

– quer que te use, meu escravo?

– sim, meu amo, estou sedento por seu cheiro, por suas ordens, e por sua vara em minha bunda.

– Bunda?

– Quis dizer, buceta, senhor.

– Assim � melhor.

A apari��o, ent�o, pegou Tiago no colo, desamarrou a corda, tirou dele a capa e a m�scara, levou-o para o sof� e o sentou em seu colo, lateralmente, penetrando seu �nus com a enorme pica coberta por uma camisinha bem lubrificada. Enquanto o comia, Medina beijava-lhe a boca. Aquele que horas antes era o algoz mascarado, agora era apenas uma bonequinha nas m�os de seu dono.

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