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E CONTINUA IV

E com meus olhos novamente fechados e o corpo fraco, tremulo, lambia sua m�o entre seus dedos e seus dedos inteiros como ele mandava completamente dominada, obediente, tonta. E o surgimento da consci�ncia de que sentia paralelamente a essa humilha��o um prazer diferente, desconhecido e maior que tudo; a consci�ncia e o fato de admitir esse prazer enfim, parecia fazer com que esse prazer aumentasse mais ainda tomando dimens�es quase que de um novo orgasmo mesmo, naquele momento. Tanto que quando ele me empurrou pela testa me fazendo cair o corpo todo no ch�o parecendo j� completamente satisfeito, eu comecei a me tocar at� me tremer todinha num novo orgasmo, estranho, mas delirantemente gostoso enquanto tentava de alguma forma olhar pra ele com meus olhos meio abertos, com um deles emba�ado pelo seu esperma em meus c�lios. Parecia que eu adquiria naquele momento uma estranha compuls�o por orgasmo. E o pouco que eu podia ver dele intensificava mais ainda o meu prazer, porque no pouco que eu via, eu via os olhos, o rosto envelhecido dele que parecia meio sorridente, c�nico, sarc�stico; ele me olhava como uma cachorra prestes a obedecer-lho total e cegamente. Talvez eu n�o saiba muito bem descrever aquele momento e aquela minha sensa��o seja mesmo indefin�vel, mas lembro bem que ele olhava confiante, atrevido, senhor de si e com uma satisfa��o que jamais vi em algu�m; era a satisfa��o monstruosa de um monstro mesmo. Ali, naquele momento parecia que ele imprimia em mim, na minha alma, de forma definitiva, finalmente, a sua marca. Eu j� n�o ia mais poder viver sem o gozo daquele momento; sem o temor, o medo estranho, o pecado e o tez�o que me proporcionava a sua voz com suas humilha��es, as suas palmas, o seu prazer extremamente s�dico, o seu completo e do�do dom�nio. E pensei quando ele ordenou com certo cansa�o na voz. --J� chega puta, vai embora escrava, d� um jeito escrava, vai embora... Pensei, sou mesmo isso que ele chama e dele. Eu acho que poderia gozar ainda mais, por�m, obediente, levantei aos poucos, ainda tremula e mais fraca ainda, de cabe�a baixa, tonta. Eu tentava ainda v�-lo mais um pouco pra levar aquela lembran�a levantando levemente a cabe�a enquanto limpava meu olho com o antebra�o esquerdo quando ele bateu forte com o com o seu p� direito descal�o no ch�o. –Anda puta, vamos. Veste a porra da roupa! Caralho! Chega! Anda! E eu sa� o mais r�pido que pude. E parecia que aquele prazer ia me acompanhando pelo caminho como se aquele seu olhar monstruoso fosse me seguindo em cada passo do caminho at� eu chegar em casa. E j� em casa tomando banho, com o rosto latejando e ainda tremula de dor e prazer, me depilei completamente na vagina como meu senhor queria. E seu rosto e olhar apareciam ainda fortes na minha cabe�a tonta; fortes como aquele prazer do meu corpo e mente. Lembro que eu ainda pensei em sair assim do banho colocar uma roupa qualquer e ir l� mostrar a ele que eu tinha me depilado, que eu era obediente. Sentindo minha vagina dolorida fechei os olhos ainda com o eco da sua voz repercutindo dentro de mim e me toquei com for�a no clit�ris. Com a vagina vermelha e ardida pela depila��o, explodi num novo e intenso gozo solit�rio dessa vez, me tremendo toda, estranhamente, sob a �gua quente. Assim sozinha com a �gua escorrendo pelo corpo nu eu ia aos poucos me refazendo e eu mesma me surpreendi quando comecei um choro baixinho, um choro estranho, mudo, que se misturava a um prazer tamb�m estranho, c�lido e quente como a �gua. Aquele homem estava me tendo como eu jamais pensei um dia ser de algu�m. Aquele homem estava me domando como se doma mesmo uma cachorra, aos poucos e totalmente. E se uma cachorra tem �nsia por uma nova ordem do dono, eu tamb�m passei a ansiar por uma nova ordem dele quase que imediatamente aquele banho. E a partir daquele dia, lembrar de uma velha ordem dele j� me fazia tremer e ansiar por uma nova ordem dele. Com isso, com esses pensamentos, de forma meio que surpreendente, a consci�ncia j� n�o me incomodava tanto como incomodou nas vezes anteriores. Havia sim uma dor na consci�ncia ainda quando eu fazia pequenas reflex�es, quando eu olhava o Renato dormindo sem nem imaginar o que se passava entre mim e o vizinho “esquisit�o”. Talvez fosse mais um sentimento de culpa; n�o sei. Mas era uma dor mais calma que j� n�o me fazia desesperar, querer fugir, etc. Passou a ser uma dor que eu comecei a aprender a me dar com ela, porque eu j� havia observado que era uma dor muito menor que o prazer que eu senti. E eu passei a ir à janela e a olhar sempre que poss�vel, a janela do monstro (nos meus pensamentos eu passei sempre a me referir assim a ele), quase sempre fechada. Eu olhava sempre das minhas duas janelas vindo de uma pra outra ansiosa. Talvez eu n�o tenha explicado direito antes, mas eu disse que seria tim tim por tim tim e n�o acho que esteja sendo. � que, n�o sei direito como explicar; � que da janela da minha sala eu vejo a janela da sala e do quarto dele e da janela do meu quarto s� da pra ver a janela do quarto dele. Nessas descri��es � que me enrolo. Bom, voltando ao principal; eu passei a colocar roupas mais atrevidas pra possibilidade dele me ver e me querer mais r�pido, como quando parecia me querer antes de me ter de fato. Se ele me quisesse no dia seguinte daquele, ou algumas horas mesmo depois, ou imediatamente depois, eu iria mesmo correndo j� sem pestanejar mais, mesmo com risco de ficar com marcas na pele onde ele j� tivesse batido como o rosto, por exemplo. Mas passou um dia, dois, tr�s e a janela fechada. Claro que eu tomava os cuidados devidos pra que o Renato n�o desconfiasse, mas achava muito dif�cil, pelo que o Renato me conhecia, dele desconfiar de mim com o Seu Z�, “aquele esquisit�o da frente” como o Renato dizia. Eu tomava o cuidado de todos os dias me depilar no banho cuidadosa e completamente ansiando pela hora que ele visse como eu me transformei e me tornara completamente obediente. A� eu pensava naquele rosto monstruoso dele me olhando satisfeito porque eu estava depilada como ele queria, e come�ava a lembrar do prazer s�dico dele, das palmas, dos gritos e as lembran�as iam me deixando fraca, tonta. Voc�s n�o v�o acreditar, mas isso j� dois dias somente depois! Voltava o medo, a contra��o diferente da vagina e eu ficava totalmente molhada. J� uns dias depois cheguei at� a pegar pregadores; e às vezes, no meu quarto mesmo, sozinha, nua, com pregadores nos seios e na vagina, eu ia olhando a janela dele e me tocando como se ouvisse suas palmas, sua voz, at� por fim cair deitada na cama gozando. O que eu e Renato faz�amos nesses dias, com rela��o a sexo, n�o era o que se pode chamar de “obriga��o conjugal” da minha parte. Al�m de fazer tamb�m pra n�o levantar nenhum tipo de suspeita, eu sentia o velho prazer com ele. Sempre como antes. E at� que n�o �ramos assim t�o convencionais, faz�amos de tudo um pouco, inclusive at� sexo anal eu gostava e tinha iniciado com ele e que nem todos os casais praticam que eu sei. Sexo oral, de quatro na cama pra ele e papai e mam�e e mais algumas coisinhas desse tipo. Como eu disse, n�o � que eu n�o sentisse prazer com ele, longe disso e tamb�m n�o acho justo nenhum tipo de compara��o, seria mesquinharia. Mas � que a satisfa��o come�ou a ficar longe de ser completa novamente e eu achava que se pedisse a ele algo mais, como pedir pra me xingar ou bater como j� tinha feito antes, ia acabar pedindo pra ele parar, como j� tinha feito antes tamb�m. Porque a quest�o n�o era assim t�o simples “pedir algo mais”, mesmo se ele fizesse, isso n�o me satisfaria nunca vindo dele. Claro que eu j� sabia que n�o. A quest�o era o homem, o rosto monstruoso e s�dico dele, seu jeito pervertido e mal caratismo expl�cito. Seu atrevimento �nico de louco pra cima de uma mulher casada com um homem bem mais jovem e forte que ele e, disso eu pelo menos tinha total certeza, completamente fiel at� ent�o. E ele demonstrava um prazer monstruoso que parecia n�o haver em nenhum outro homem da terra ao possuir uma mulher. O prazer de um monstro! E os dias passavam at� que numa noite, quando o Renato j� dormia olhei da minha sala a janela dele e vi uma luz da sala dele acesa como n�o tinha estado naquelas noites anteriores. Deu-me imediatamente um coisa. Meu estomago se contraiu e eu fiquei estranhamente fraca. Ele est� a�! Senti de fato minhas pernas bambearem. Meu Deus ele n�o est� viajando! Incr�vel e inacreditavelmente minha vagina se contraiu com for�a e ao se descontrair ficou imediatamente molhada. Foi tudo assim em quest�o de segundos. E eu, louca, molhada, comecei a pensar, pensar... Ele n�o vai bater palmas porque sabe que o Renato est� aqui. E seu eu for l� agora? O Renato n�o vai acordar e como tem o sono pesado nem vai me ver voltar. Ser� que o monstro vai brigar muito se eu for l� por iniciativa pr�pria? Pode brigar e me castigar como gosta de fazer mesmo, mas n�o vai resistir quando me vir depilada. E a possibilidade de ele me ver logo depilada pareceu aumentar mais ainda minhas diferentes sensa��es de fraqueza, medo e tez�o. Era uma coisa louca, mas eu n�o conseguia me conter e a id�ia n�o sa�u mais de mim. Eu tinha que ir l�. Estava s� de calcinha e camiseta. Ainda na sala lentamente fui tirando a calcinha e pensando, pensando se ia ou n�o e quando entrei no quarto j� estava sem a calcinha e s� com a camiseta. Fui à janela e vi que a luz da sala dele permanecia acesa. Olhei mais uma vez o Renato que roncava e peguei o short de lycra sobre a cadeira do lado da cama. E quando cheguei à sala passei a m�o levemente na minha vagina constatando mais uma vez a incr�vel molha��o e fui colocando o short devagar at� suspender exageradamente, o que pareceu faz�-lo virar uma esp�cie de calcinha dessa maneira suspenso e fui saindo o mais silenciosamente poss�vel. Na loucura eu esqueci completamente que àquela hora tamb�m a portaria do pr�dio dele estaria fechada e me vi parada, angustiada na porta dele sem saber o que fazer quando ouvi vozes j� bem perto da porta que se abriu imediatamente sem me dar tempo de ajeitar o short pra baixo. Era o monstro e mais um homem alto e enorme de gordo bem mais novo que ele, de terno e gravata solta ao redor do pesco�o com a camisa aberta deixando ver o peito cabeludo de gordura balan�ante na altura dos bicos do peito, de barba e cabelo preto atrapalhado, que parecia discutir com ele. O homem estancou e ficou me olhando demoradamente de cima a baixo me deixando mais ainda sem jeito do que eu j� estava pela surpresa. O monstro tamb�m me olhou, mas n�o deu uma palavra. Eu j� n�o sabia o que fazer. O que eu faria? Ele estava arrumado com roupa social e parecia que ia sair com o homem gordo at� que falou. –Como vai o Seu Renato, marido da senhora? Eu corei e me virei completamente surpreendida e quase que corri de volta pra casa. Uma vez em casa fui para o banheiro e chorei convulsivamente como se fosse uma crian�a arrependida de uma arte. Sorte que o Renato n�o acordou, porque s� depois foi que eu pensei na gravidade da situa��o se caso ele acordasse e n�o me visse em casa àquela hora e certamente ficaria me esperando chegar aflito. E voc�s j� sabem como eu chegaria, n�o �, caso o Seu Z� me recebesse? Que explica��o? (continua) [email protected]

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